OPEP+ chega a acordo para corte de produção de 9,7 milhões de barris por dia
Já há acordo entre os principais países produtores e exportadores de petróleo, no quadro da OPEP+, com a Rússia e o México. Corte será de 9,7 milhões de barris por dia.
Após uma maratona de negociações por videoconferência, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Rússia e o México, grupo conhecido como OPEP+, chegaram a um acordo para um corte de produção de 9,7 milhões de barris por dia, escrevem as agências internacionais.
Após longas negociações, na sexta-feira de madrugada, a OPEP e os países parceiros, com exceção do México, concordaram em reduzir em maio e junho a produção mundial para 10 milhões de barris por dia, segundo a OPEP. O governo mexicano considerou excessivo o esforço exigido (uma redução da produção de 400.000 barris por dia) em comparação com outros países. Os Estados Unidos da América concordaram em ajudar o México a alcançar sua quota de redução para chegar a um acordo global e conter a queda nos preços. E, segundo as últimas informações, as pretensões do México terão sido atendidas e haverá um acordo considerado histórico para combater os efeitos da pandemia do novo coronavírus nos preços de petróleo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, o dos Estados Unidos, Donald Trump, e o rei saudita Salman bin Abdulaziz, manifestaram este domingo o apoio ao acordo dos produtores de petróleo de reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia. Um acordo que também prevê um nível de redução da produção entre janeiro de 2021 e abril de 2022.
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Segundo a agência Bloomberg (em inglês), o grupo OPEP+, que inclui 23 países, dos quais os 13 são os membros da OPEP, vai cortar a produção em 9,7 milhões de barris por dia, ligeiramente abaixo dos dez milhões de barris propostos inicialmente. Os EUA, o Brasil e o Canadá, países do G20, também vão contribuir para objetivo global com um corte adicional de 3,7 milhões de barris por dia.
O confinamento de metade da população mundial para limitar a pandemia do novo coronavírus desequilibrou o mercado do petróleo, em que a oferta global já estava excedente e agora encontra-se em proporções raramente vistas, com restrições de viagens tomadas em todos os países para impedir a propagação da doença.
O corte hoje anunciado representa um décimo do fornecimento global, segundo responsáveis do setor de vários países que participaram nas negociações, tratando-se de um acordo sem precedentes. Está agendada uma nova reunião para 10 de junho, também por videoconferência, para decidir medidas adicionais, tanto quanto for necessário para equilibrar o mercado.
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