Credores do FC Porto aprovam adiamento de reembolso de 35 milhões
O reembolso de 35 milhões de euros de uma emissão obrigacionista do FC Porto que vencia na próxima semana foi adiado para daqui um ano, com o aval dos credores.
Os credores da SAD do FC Porto aceitaram adiar o reembolso da dívida contraída no mercado em 2017 por mais um ano. Em causa está uma emissão obrigacionista de 35 milhões de euros que vencia a 9 de junho, sendo que agora esse reembolso pode ser feito até o mesmo dia, mas do próximo ano, revela um comunicado enviado ao mercado.
O adiamento dessa devolução foi aprovado em assembleia de obrigacionistas que decorreu na tarde desta sexta-feira, permitindo um alívio dos encargos financeiros do clube dos azuis e brancos que não são imunes aos efeitos da pandemia. Se não conseguisse esse adiamento, Fernando Gomes, administrador financeiro do FC Porto, já tinha adiantado ao ECO que a solução teria de passar por um outro financiamento e a venda de um jogador.
No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), é explicado que esta sexta-feira foi deliberada “a aprovação da alteração da data de reembolso das Obrigações FC Porto SAD 2017-2020 de 9 de junho de 2020 para 9 de junho de 2021, sem qualquer penalização para a FCP SAD, e correspondentes alterações aos Termos e Condições das Obrigações FC Porto SAD 2017-2020, bem como o reconhecimento e aceitação de que o facto de a Emitente não efetuar aquele pagamento em 9 de junho de 2020 não constitui uma situação de incumprimento das Obrigações FC Porto SAD 2017-2020″.
A aprovação do adiamento do reembolso desta emissão obrigacionista contou com 87% de votos favoráveis e 13% contra, e nenhuma abstenção, revela o mesmo comunicado.
O FC Porto conseguiu assim à segunda cumprir com os seus intentos, já que uma primeira assembleia-geral de obrigacionistas marcada para dia 19 de maio não chegou a acontecer por falta de quórum.
Este adiamento do reembolso da dívida dá assim tempo à SAD portista para obter o dinheiro necessário para cumprir com a sua obrigação junto dos investidores do retalho. Contudo, será necessário obtê-lo o quanto antes.
Fernando Gomes explicou ao ECO que o Porto pretende, no máximo, voltar ao mercado de dívida até junho de 2021. Até essa altura, “o FC Porto voltará a mercado. Mas equaciona-se antecipar essa possibilidade”, diz. “Dependerá do mercado de Jogadores este verão e da estabilidade da economia no final de 2020”, rematou.
(Notícia atualizada às 16h30)
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