Quem se candidatou mais vezes à presidência? E quem ganhou com mais margem?
A lista de candidatos à Presidência vai mudando de eleições para eleições, mas há nomes que se repetiram por várias ocasiões. Quais apareceram mais vezes no boletim de voto?
Qual é o nome que se lembra de ver mais vezes no boletim de voto? São várias as personalidades que já se candidataram por mais do que uma vez à Presidência da República, mas quem leva a coroa? Na verdade, teriam de ser duas coroas, já que tanto Mário Soares como Aníbal Cavaco Silva entraram três vezes na corrida para o cargo de topo do país.
Realizaram-se nove eleições presidenciais desde o 25 de abril, das quais resultaram em cinco presidentes. Isto porque todos foram reeleitos uma vez, exercendo o cargo por dois mandatos. Resta saber se Marcelo Rebelo de Sousa, que assumiu o cargo em 2016, irá continuar a tendência, mas não é ainda oficial se se irá candidatar mais uma vez à Presidência da República.
Tanto Mário Soares como Aníbal Cavaco Silva candidataram-se três vezes cada à Presidência. Enquanto o primeiro ganhou duas vezes e depois perdeu, para o próprio Cavaco Silva, em 2006, o segundo começou por perder, para Jorge Sampaio, em 1996, conquistando dez anos depois o cargo que manteve até 2016.
No caso de Mário Soares, até se criou um movimento para o terceiro mandato, em 2006. MP3 não era uma sigla associada ao áudio, mas antes a Mário Presidente 3 (vezes). No entanto, nesse ano, acabou por ficar em terceiro lugar, com 14,31% dos votos, atrás de Manuel Alegre e do vencedor, Cavaco Silva.
De salientar que não é permitida a reeleição para um terceiro mandato consecutivo, sendo que também não se podem recandidatar nos cinco anos imediatamente subsequentes ao termo do segundo mandato consecutivo.
Em 1991, mais de 2,5 milhões de votos separaram os candidatos
A reeleição de Mário Soares, em 1991, foi a vitória com maior margem registada numas presidenciais em Portugal. O então presidente conseguiu obter 3.459.521 votos, o máximo que um candidato presidencial obteve desde 1976. Já o segundo “classificado” foi Basílio Horta, do PSD, que conquistou 696.379 votos.
Assim, Mário Soares ganhou com uma margem de 2.763.142 votos. A fatia de eleitores que escolheu Mário Soares correspondeu a 70,35% dos votos, enquanto o candidato do CDS ficou com 14,16% dos votos.
Por outro lado, a eleição mais renhida envolveu também Mário Soares. Foi em 1986, altura em que a disputa com Diogo Freitas do Amaral estava ao rubro, tanto que levou a uma segunda volta. Soares acabou por sair vitorioso, mas os candidatos ficaram separados por apenas 138.692 votos.
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