BRANDS' ECO Acompanhe a conferência internacional sobre Inteligência Artificial na Saúde em Portugal do EIT Health
O objetivo principal do EIT Health é debater o uso da tecnolgia digital na área da saúde em Portugal. Acompanhe a conferência em direto.
Numa altura em que as tecnologias digitais têm ganho preponderância na resposta do setor da saúde, o EIT Health, rede europeia no campo da inovação em saúde, realiza a 17 de dezembro a conferência digital “Inteligência Artificial em Saúde: uma perspetiva de Portugal”, trazendo ao debate a perspetiva Europeia da rede. O objetivo? Perceber e discutir o estado da adoção de tecnologia digital – e da inteligência artificial em concreto – na área da saúde e no dia-a-dia dos seus profissionais.
Acompanhe aqui, a partir das 14h25
O combate à pandemia do COVID-19, durante 2020, tem chamado à ação na área da saúde muitas soluções tecnológicas digitais, procurando dar resposta às limitações de recursos humanos e à necessidade de trazer os cuidados de saúde à casa dos cidadãos. Em particular, a Inteligência Artificial (IA) tem tido particular destaque, com aplicações deste o rastreamento, análise de imagem, e planeamento de recursos hospitalares a verem um interesse e adoção reforçadas durante este ano, e perspetiva-se que continuem a ser ferramentas essenciais de profissionais e cidadãos, mesmo num contexto pós-pandemia.
Em agosto deste ano, o relatório do EIT Health, em parceria com a McKinsey & Company, referia que “a IA permite facilitar a automação de tarefas rotineiras, que atualmente ocupam 70% do trabalho administrativo dos profissionais de saúde”. Uma das conclusões deste relatório mostra que, com a IA, é, assim, possível libertar mais tempo para o contacto com pacientes. O EIT Health apoia na sua rede Europeia e em Portugal diversas soluções que já demonstraram a capacidade da Inteligência Artificial de substituir e em muitos casos superar os resultados dos melhores especialistas da área da saúde. Mas estaremos preparados para escalar estes projetos para o dia-a-dia da saúde?
A conferência digital “Inteligência Artificial em Saúde: uma perspetiva de Portugal” quer promover a discussão e tentar perceber como pode Portugal incorporar o uso de Inteligência Artificial no Sistema de Saúde, percebendo o estado atual e perspetivando os desafios a serem ultrapassados no futuro – não só tecnológicos, mas também de competências digitais.
“O contexto de pandemia fez avançar o uso de tecnologias digitais, e em particular a Inteligência Artificial, nos hospitais, em várias décadas, face ao que era previsto da sua adoção gradual. Estamos por isso hoje confrontados com o desafio de apoiar milhares de profissionais de saúde e milhões de cidadãos numa transição digital para o qual a maioria não estava preparada. Esta conferência surge como uma necessidade de fazer o balanço de onde estamos e identificar para onde temos de caminhar. O EIT Health encontra-se numa posição única em Portugal, ao contar com parceiros por todo o país, que representam unidades hospitalares, academia e indústria, que participam em projectos à escala europeia. Precisamos destes fóruns para potenciar ainda mais cooperação entre todos os agentes em Portugal”, afirma Miguel Amador, responsável pelo EIT Health em Portugal.
O evento digital decorre a partir das 14h30, no dia 17 de dezembro (hora de Lisboa). As inscrições estão abertas na plataforma de eventos digitais Hopin, onde, para além de acompanhar as sessões, será possível interagir com os outros participantes e conhecer um conjunto de projetos de Inteligência Artificial na área da saúde, desenvolvidos pelos parceiros do EIT Health em Portugal.
A conferência começa com a intervenção de Ligia Kornowska, presidente da Federação Polaca de Hospitais, a deixar a perspetiva da Polónia no uso de Inteligência Artificial na Saúde. Ao longo da tarde será também possível conhecer diferentes projetos de Inteligência Artificial já aplicados nos hospitais e rede de cuidados de saúde portugueses, e participar numa pequena feira digital. O painel de discussão sobre os desafios destes inovadores será moderado pelo David Magboulé, da Labtomarket. No painel de oradores, estão também incluídos nomes como Filipa Fixe, da Glintt, Alexandre Lourenço, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, ou de António Murta, da Pathena. No tema “O papel das redes de inovação no apoio ao desenvolvimento da IA em saúde”, a moderação ficará a cargo de Mariana de Araújo Barbosa, do ECO. A programação completa pode ser consultada aqui.
Mas o dia 17 de dezembro não será apenas para discutir o estado da Inteligência Artificial no setor da saúde. No dia da conferência, o EIT Health vai anunciar o “Mapa da Inovação nos Cuidados de Saúde em Portugal”, um relatório completo que pretende dar uma visão dos principais agentes e inovadores do país na área da saúde, a ser lançado em 2021. Ainda durante a manhã de dia 17, o Instituto Pedro Nunes, um dos parceiros do EIT Health em Portugal, vai também dinamizar um Workshop aberto sobre as temáticas do Internet of Things (IoT) e da Inteligência Artificial (AI), com especial enfoque na área da saúde, cujo programa e inscrições podem ser consultados aqui.
Com a colaboração dos vários parceiros da rede EIT Health em Portugal, e ainda do Health Cluster Portugal – principal promotor do setor industrial de saúde -, este será um evento dirigido essencialmente a profissionais de saúde, profissionais do setor tecnológico e responsáveis políticos, mas pretende constituir-se também como uma oportunidade para os empreendedores e investidores destas áreas.
De acordo com a Agenda de Competência para a Europa, em 2019, pelo menos 85% dos empregos exigiu algum nível de competências digitais, embora apenas 56% dos adultos possua um mínimo de conhecimentos digitais básicos. Também no ano passado, o Barómetro da Adoção da Telessaúde e de Inteligência Artificial, promovidos pela Glintt – parceira do EIT Health, em Portugal -, pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), já mencionava a falta de uma infraestrutura tecnológica e da inexistência de data scientists dentro das instituições de saúde, como maiores barreiras à Adoção de Inteligência Artificial.
De acordo com o relatório do EIT Health em parceria com a McKinsey & Company, o impacto em escala da Inteligência Artificial ainda é limitado. Países e regiões têm abordagens fragmentadas, assim como a indústria, limitando o crescimento do seu uso. Apenas 14% das startups reportaram que “o papel dos profissionais de saúde foi fundamental no desenho inicial das soluções”. Já os profissionais partilharam que “não conseguem identificar o papel do setor privado na criação de dados e formação digital dos profissionais necessários”. O EIT Health pretende inverter este panorama, porque apenas através da transparência e colaboração entre inovadores e profissionais de saúde será possível todos beneficiarmos do enorme potencial da Inteligência Artificial na saúde, não só em Portugal, como na Europa.
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