Portugal ainda não sabe quantas doses da vacina da Pfizer chegam em janeiro

As vacinas contra a Covid-19 vão começar a chegar a Portugal em janeiro, mas ainda há dúvidas sobre quantas doses chegarão no primeiro lote, aquele que será usado para dar início ao plano nacional de vacinação. A revelação foi feita por Francisco Ramos, coordenador do referido plano. Numa entrevista à RTP, disse ainda que está descartado o cenário de começar a vacinação em dezembro.

“A grande dúvida neste momento é que quantidades teremos disponíveis para fazer essa vacinação. Aquilo que Portugal tem contratado neste momento com a Pfizer é cerca de um milhão e meio — números redondos — de doses no primeiro trimestre. É isso que consta no contrato. Aquilo que estamos a trabalhar com a empresa é que quantidades chegarão na primeira remessa. As remessas serão mês a mês: esperamos um lote no início de janeiro e, ou no final de janeiro, ou início de fevereiro, um novo lote da mesma vacina”, disse o coordenador do plano de vacinação português contra a Covid-19.

O coordenador disse também que “há seis contratos feitos a nível europeu” e classificou como “muito bom” o facto de a Comissão Europeia ter assumido a tarefa de avançar para a compra em nome dos Estados-membros. Mas começar a vacinação em dezembro, como já fez o Reino Unido, está agora fora de questão: “No primeiro desenho, estavam previstas entregas ainda este mês de dezembro. É um cenário posto de parte”, apontou.

Assim, “já se sabe que será em janeiro” que começará a vacinação em Portugal. “Depois da aprovação do Reino Unido pela agência britânica da primeira vacina, suponho que não há razão para não termos confiança de que, a 29 de dezembro, a agência europeia dará um parecer positivo e que a vacina possa ser aprovada para toda a União Europeia”, assumiu Francisco Ramos, na mesma entrevista à estação pública.

De seguida, sublinhou: “Há o compromisso de, passados dois, três dias, seja distribuída no mesmo dia para todos os países da União Europeia. O que estamos a trabalhar é também para que, passados um, dois ou três dias de ela chegar a Portugal, estaremos em condições de a começar a administrar”, frisou.