Wall Street imparável com estímulos e vacina contra a Covid-19
Os principais índices norte-americanos valorizam esta terça-feira, continuando a beneficiar dos estímulos orçamentais nos EUA e do processo de vacinação.
Num ano de crise pandémica, a palavra “recorde” tem sido uma constante em Wall Street. Após as quedas catastróficas em março, os principais índices norte-americanos têm recuperado, atingindo novos máximos, tal como se repete esta terça-feira. Os estímulos orçamentais nos EUA e o processo de vacinação contribuem para o otimismo dos investidores.
A expectativa é que os estímulos orçamentais, nomeadamente o cheque de 600 dólares dado aos norte-americanos pelo Estado, ajudem a acelerar a recuperação económica à medida que a administração de vacinas comece a restaurar a confiança dos consumidores e das empresas.
O Dow Jones sobe 0,52% para os 30.562 pontos, o S&P 500 avança 0,53% para os 12.967,59 pontos e o Nasdaq valoriza 0,54% para os 3.755,39 pontos — os três índices renovam assim máximos. De acordo com as contas da CNN Business, os ganhos bolsistas desde a vitória de Joe Biden superam os de Trump em 2016: o S&P 500 valorizou 10% desde o dia da eleição, o que compara com 5,5% durante o mesmo período há quatro anos. No caso do Nasdaq, a valorização é de 15%, o triplo dos 5% registados em 2016.
Além dos estímulos orçamentais e da vacinação, os índices bolsista continuam a ser ajudados pelos estímulos monetários administrados pela Reserva Federal norte-americana (Fed) quase sem precedentes desde que a pandemia atingiu a economia no início deste ano.
Esta segunda-feira os democratas na câmara baixa do congresso norte-americano aprovaram uma proposta para aumentar os cheques aos norte-americanos de 600 para 2.000 dólares, tal como exigia o próprio presidente Donald Trump, mas este aumento deverá esbarrar no senado (câmara alta) controlado pelos republicanos.
O volume de negociação deverá manter-se mais baixo nesta última semana do ano que deverá ficar marcada por uma valorização histórica. Entre as cotadas, o destaque vai para a Boeing, cujas ações sobem mais de 1% no dia em que o 737 Max regressa aos céus norte-americanos após um período de pausa, fiscalização e remodelação deste modelo por causa dos acidentes ocorridos.
Ainda assim, continuam preocupações no horizonte como a corrida aos lugares no senado do estado da Georgia, cujo resultado determinará se os democratas terão ou não um bloqueio na câmara alta, e um novo aumento de infeções por causa do natal e o Ano Novo ou até pela nova estirpe descoberta no Reino Unido, a qual é mais contagiosa.
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