Novas regras para a Euribor vão ser adiadas

A revisão da metodologia poderá ser adiada caso se verifique um grande desfasamento entre a nova taxa e a que resultar do novo cálculo.

A Euribor vai mudar de fórmula de cálculo. O objetivo é que a nova metodologia entre em vigor em meados do próximo ano, mas há o sério risco de ser adiada. Segundo o Expansión, caso se verifiquem valores muitos diferentes dos registados com o método atual será necessário deixar derrapar o processo para evitar riscos de litigância.

Em vez de resultar da indicação dos bancos, a Euribor vai passar a ser calculada com base em transações reais feitas entre as instituições financeiras. A ideia é tentar aproximar esta taxa interbancária dos valores efetivamente praticados no mercado, tornando a taxa utilizada como indexante nos créditos à habitação mais fiável. Mas o processo pode derrapar.

Caso se verifique que o resultado da taxa é muito diferente do atual com este novo método de cálculo, a nova Euribor pode não ver a luz em meados de 2017 como está calendarizado, diz o Expansión. Esse compasso de espera tem um objetivo: evitar potenciais riscos de litigância em resultado da nova metodologia.

A última vez que a taxa resultante das comunicações dos bancos e a definida em função das transações efetivamente realizadas foi comparada aconteceu e 2013. À data o diferencial era de 11 pontos base, com a última a ser inferior à atualmente em vigor. As Euribor estão em terreno negativo fruto da política monetária do BCE. A taxa a três meses está a -0,303%.

Uma Euribor ainda mais negativa seria prejudicial para o setor financeiro que a utiliza como indexante para vários produtos, entre eles os créditos à habitação. Adiar a introdução da nova metodologia poderá assim proteger o setor numa altura em que a banca luta por formas de aumentar a rentabilidade.

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