Morgues e crematórios cedem à pressão do agravamento da Covid-19
Mortes por Covid-19 registadas nos últimos 15 dias representam já cerca de 20% do total desde o início da pandemia. A situação criou um problema nos hospitais, especialmente de Lisboa, avança o JN.
As morgues dos hospitais estão cheios devido ao agravamento da mortalidade no país, acompanhado da subida do recurso a cremação, segundo noticia este domingo o Jornal de Notícias (acesso pago). As mortes por Covid-19 registadas nos últimos 15 dias representam já cerca de 20% do total desde o início da pandemia.
O agendamento de cremações costuma demorar cerca de dois dias, mas o aumento da mortalidade (provocada em grande parte pelo surto de Covid-19, mas não só) alargou os prazos para cerca de uma semana. A situação criou um problema nos hospitais, especialmente os de Lisboa, onde já há unidades a recorrer a contentores frigoríficos.
Só na região de Lisboa, cerca de 55% dos mortos são cremados, sendo que “a capacidade de frio dos hospitais está esgotada e alguns estão a climatizar salas” para o efeito, diz o presidente da Associação Nacional das Empresas Lutuosas, Carlos Almeida, ao JN. No Porto, os centros hospitalares de Santo António e de São João garantem que não há sobrecarga.
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