“Portugal foi dos que menos investiu em percentagem do PIB” para travar efeitos da pandemia, critica Marisa Matias
O ECO desafiou os sete candidatos presidenciais a responder a questões sobre a economia portuguesa. Marisa Matias defende que a prioridade deve ser a manutenção do emprego.
O ECO desafiou os sete candidatos presidenciais a responder a questões sobre a economia portuguesa: como devem ser ajudadas as empresas, como abordar o problema da dívida pública, como aplicar o fundo de recuperação europeu e como avaliam a política económica do atual Governo em resposta à crise pandémica. Esta sexta-feira publicamos todas as respostas recebidas nesta rubrica “O que é que eles querem para a economia?”.
Marisa Matias, candidata pela segunda vez à Presidência da República com o apoio do Bloco de Esquerda, pede um foco na manutenção do emprego em Portugal quando se fala do desenho de apoios públicos. “O que as crises anteriores nos provaram é que o desemprego e a pobreza são a primeira condição para o aumento da dívida“, argumenta a eurodeputada do BE.
Quanto ao fundo de recuperação europeu, a candidata bloquista sinaliza estar alinhada com as prioridade dos Estados-membros e da Comissão Europeia: “A transição energética e o combate às alterações climáticas” deve ser a prioridade. E, mais uma vez, para “proteger o emprego”, incluindo através do investimento público: “Portugal foi dos países que menos investiu em percentagem do PIB”, alerta.
Portugal deve apoiar mais as empresas para estimular a retoma? O elevado nível da dívida não é uma preocupação?
Portugal deve apoiar a economia, tendo a manutenção do emprego como critério. O que as crises anteriores nos provaram é que o desemprego e a pobreza são a primeira condição para o aumento da dívida. A receita do empobrecimento do país falhou. Precisamos de compromissos pelo emprego e contra a precariedade.
Os novos fundos europeus devem ser usados em grandes obras/grandes projetos ou mais para as empresas?
Devem ser usados para proteger o emprego e, recuperando o país, colocar a transição energética e o combate às alterações climáticas no centro da política.
Como avalia a ação do Governo no combate à crise económica provocada pela pandemia?
Portugal foi dos países que menos investiu em percentagem do PIB. Isso é um erro, porque é agora que precisamos de proteger o país da crise. Acredito que ainda vamos a tempo.
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