Empresários da restauração sentem-se enganados e reclamam apoios

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2021

Empresários de cerca de 50.000 empresas dizem que se encontram numa ‘teia’ de problemas e que se sentem ‘enganados’, de acordo com a associação nacional de restaurantes (PRO.VAR)

A PRO.VAR, associação nacional de restaurantes, disse esta quinta-feira que os empresários do setor sentem-se “enganados”, pois mantiveram os trabalhadores e endividaram-se, mas continuam sem apoios do Governo, reclamando candidaturas mais simples, ajudas abrangentes e o planeamento da reabertura.

“Sem ajudas do Estado, os empresários das cerca de 50.000 empresas, dizem que se encontram numa ‘teia’ de problemas e que se sentem ‘enganados’, pois mantiveram os trabalhadores para poderem receber os apoios, endividaram-se assumindo responsabilidades e percebem agora que sem apoios, essa função deveria competir ao Governo”, notou, em comunicado, a PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional.

Os trabalhadores dizem assim estar com “a corda na garganta”, pressionados por trabalhadores e fornecedores, sem forma de pagar salários e despesas.

O setor reclama um reajuste no formato de candidaturas, pedindo ao executivo que adote um modelo SIMPLEX, inspirado no trabalho que o Turismo de Portugal tem feito nas linhas de financiamento de tesouraria para as micro e pequenas empresas.

A associação referiu ainda ser necessário planear uma reabertura em horário pleno, “evitando a versão ‘ioiô’”, que diz ser prejudicial para todos.

Para a PRO.VAR, no imediato, devem ser reabertas e reforçadas as dotações do programa Apoiar, sem percentagens mínimas de acesso e com novos tetos, majorando os apoios do ano passado para as empresas com perdas superiores a 40%, “estendendo também os apoios para os que possuem contratos de exploração”.

Por outro lado, os restaurantes querem o prolongamento do regime de ‘lay-off’ simplificado, moratórias fiscais e financeiras até ao final do ano, bem como a redução do IVA no setor, na componente das comidas (taxa de 6% de IVA para a comida e de 23% para as bebidas) a partir de julho.

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