CAP pede profissionalismo na gestão dos fundos comunitários
Com o Portugal 2020 a registar uma taxa de execução de 57%, o presidente da CAP diz que este valor mostra a “nítida necessidade de olhar para o reforço do profissionalismo na gestão destas matérias".
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, manifestou esta quinta-feira preocupação com a execução do Portugal 2020 e pediu o reforço do profissionalismo na gestão dos fundos comunitários.
Lamentando que, a cerca de dois anos e meio de terminar, o Portugal 2020 (PT2020) registe uma taxa de execução de 57%, o presidente da CAP considera que este valor demonstra a “nítida necessidade de olhar para o reforço do profissionalismo na gestão destas matérias”, apontando ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) “que aí vem”.
Falando no final de uma audiência com o Presidente da República, que começou esta quarta-feira a ouvir os parceiros socais, Eduardo Oliveira e Sousa salientou que o PRR “é a derradeira oportunidade” que o país tem para se modernizar e para “apostar na iniciativa das empresas”, não se focando apenas “nas questões de ajudas” do Estado ou das ajudas para fazer face aos problemas causados pela pandemia.
Além do PRR, o presidente da CAP adiantou ter levado para esta audiência a questão das florestas, aproveitando o facto de Marcelo Rebelo de Sousa ir participar num Conselho de Ministros, no dia 04 de março, dedicado a este setor.
O objetivo da CAP, precisou o presidente desta confederação, foi acentuar outras questões que afetam este setor para além do problema dos fogos florestais.
Questionado sobre o apelo do primeiro-ministro para que haja consenso em torno da pandemia e do PRR, o presidente da CAP referiu ter achado o pedido “curioso”, mas lembrou que a função dos parceiros sociais é defender os setores que representam.
“O que precisamos é que o Governo decida e resolva os problemas associados à pandemia para que todas as atividades empresariais se possam ir soltando deste confinamento asfixiante para a própria economia”, referiu, acentuando que o país não pode estar “confinado eternamente”, mas que o confinamento só pode acabar quando “tivermos uma resolução mais eficaz do combate à pandemia”.
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