A pandemia da Inovação

É verdade que sabemos inovar, mas ainda não temos uma capacidade de sistematizar essa inovação e na realidade estamos muito longe disso.

A Inovação está assente em diferentes pilares, que proporcionam que a mesma ocorra de forma contínua e sistemática, num contexto natural e não forçado. Os pilares são a Cultura da organização, a Estratégia que é definida, como Planeamos a estratégia definida, o Processo de inovação que implementamos. Assim, surge o IDI a funcionar em pleno e não temos que esperar alguma crise, para sentir a necessidade de inovar, nem que uma Universidade nos entre portas dentro e nos desafie a inovar!

Portugal apresenta um conjunto de inovações preconizadas por um diferente conjunto de entidades, que na maior parte dos casos faz parte dos “case studies”, que surgem nos workshops, nas Universidades, nos livros.

Mas será que estas inovações surgem de uma estratégia criada pela organização? Para, respondermos a esta questão, vamos rever os passos relevantes para inovar:

  1. Atitude — Se queremos ter algo que o mercado compre, precisamos de ter uma abertura de mente significativa, que funcione com base num processo de aprendizagem. Estamos a falar da geração de ideias do processo criativo.
  2. Registos — Aquilo que não está escrito, provavelmente não existe, por isso cada vez mais ouvimos falar das lições apreendidas. Temos que ter uma Atitude persistente, para realizar registos!
  3. Oportunidades — As que existem, que surgem do encontro de necessidades que não estão satisfeitas. Temos de procurar interagir, desenvolver atividades em equipa, sobretudo sobre aquilo que gostamos e/ou conhecemos, tornando-se assim mais fácil desenvolver o processo criativo.
  4. Planear e desenvolver a solução — Pode ser algo muito simples e rápido, ou algo moroso e complexo. Existem várias ferramentas, para planear como por exemplo a prototipagem que temos que aplicar, para numa primeira fase experimentar, ou seja, temos de colocar as “mãos à obra”!
  5. Testar — Validar a solução, para percebermos se poderemos ter em breve uma Inovação. O que interessa não é a nossa opinião, mas a dos outros, uma vez que serão eles a pagar o produto: o primeiro passo é ter sempre um protótipo!

Em muitas organizações implementamos melhorias incrementais, apesar de parecerem pequenas coisas, vale sempre a pena o esforço. Surge uma dinâmica, um esforço direcionado para algum propósito, um conjunto de lições apreendidas.

A lâmpada de Edison pode ter sido um momento-chave na história da iluminação, mas foi a melhoria incremental, passo a passo que reduziu o custo e potenciou a qualidade até ao ponto em que se tornou um item doméstico.

Uma cultura de criação de ambientes propícios à criatividade é o primeiro passo para conseguirmos alcançar, de uma forma sistemática e num processo de melhoria contínua, a Inovação. E esta cultura criativa, deve ser inerente a toda uma organização. A cultura origina uma prática e quanto mais praticarmos, maior será novamente, a probabilidade de sucesso.

Necessitamos, no entanto, ainda de semear, de fazer crescer as raízes, para que se crie um fomento à criatividade, uma cultura de geração de ideias, um espectro de PME´s com capacidade de estruturar a sua estratégia, de planear a sua inovação. É verdade que sabemos inovar, mas ainda não temos uma capacidade de sistematizar essa inovação e na realidade estamos muito longe disso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

A pandemia da Inovação

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião