BRANDS' ECO Vanilla Vice: “O propósito e storytelling dão valor à marca”
O Vanilla Vice foi E-Commerce do Ano em Vestuário e Calçado e conquistou a prata na categoria "Maior Engagement de Redes Sociais" na 1ª edição do Portual E-Commerce Awards.
A Vanilla Vice é uma marca portuguesa de vestuário e acessórios com loja online desde 2014. Foi E-Commerce do Ano em Vestuário e Calçado e ganhou o prémio de prata na categoria “Maior Engagement de Redes Sociais” na edição passada do Portugal E-Commerce Awards, uma iniciativa do Lisbon Awards Group, em parceria com o ECO, que visa distinguir os melhores projetos de e-commerce no país.
Cátia Almeida, fundadora e diretora da Vanilla Vice, explica como tem sido a evolução da marca nos últimos meses e qual a sua perspetiva em relação ao crescimento do e-commerce em Portugal.
Quais eram as vossas expectativas quando se candidataram ao Portugal E-Commerce Awards?
Como estávamos a candidatar-nos pela primeira vez, embora o entusiasmo fosse muito, as expectativas eram contidas pois sabíamos que estariam grandes marcas a concorrer connosco e possivelmente melhor preparadas.
Qual foi a ideia ou necessidade que deu origem ao vosso e-commerce?
A loja online Vanilla Vice nasceu em 2014 quando começou o boom do Instagram em Portugal. Na altura ainda abrimos um showroom em Lisboa mas rapidamente percebemos que o online era o canal de vendas do futuro e onde poderíamos explorar a comunicação da marca numa forma totalmente diferente chegando a muito mais pessoas.
E-commerce em 2015 e agora em 2021 – como consideram este crescimento e evolução?
É sem dúvida uma grande evolução, os negócios online explodiram e a marca que não tinha e-commerce foi praticamente obrigada a criar. A evolução da tecnologia, dos telemóveis e dos métodos de pagamento também contribuíram de forma significativa para que comprar online através do e-commerce passasse a ser tão ou mais fácil e prático como ir a um centro comercial ou a um supermercado. É fantástico assistirmos a este crescimento e fazer parte dele.
Como é que a pandemia e o confinamento alteraram as vossas rotinas?
Uma vez que a nossa loja é 100% online, a pandemia acabou por afetar de forma mínima a nossa rotina. Sofremos alguns atrasos com entregas de stock mas, embora me custe um pouco dizê-lo pelas razões óbvias, a verdade é que as vendas online aumentaram significativamente no início da pandemia o ano passado.
Qual foi a característica funcional ou política de e-commerce que deu origem ao vosso prémio no Portugal E-Commerce Awards?
O nosso prémio está associado ao nosso trabalho nas redes sociais e acredito que a principal característica está ligada ao facto de termos uma comunicação muito próxima com as nossas clientes. O diálogo é diário, a interação é muito alta e estamos a trabalhar diariamente para construir uma marca com um propósito muito grande, onde valorizamos a nossa comunidade e os seus valores.
Com o grande crescimento de e-commerce nos últimos tempos, como é que se conseguem distinguir da concorrência?
A nossa marca não é apenas um canal de vendas e isso é muito visível tanto na nossa comunicação como nas redes sociais. Mais do que vender, queremos entregar às clientes uma mensagem positiva e fazê-las sentirem-se bem. Contamos a nossa história, a história dos nossos produtos, debatemos tópicos sociais e éticos em conjunto com as clientes. Todo esse propósito e storytelling dão valor à marca e faz a diferença.
Quais são os maiores desafios para quem trabalha na área do e-commerce?
Acredito que hoje em dia o principal desafio é conseguir um “lugar ao sol”. O digital está cheio de novos negócios, as redes sociais estão saturadas de conteúdo, todos os dias temos o desafio de tentar aparecer no feed das nossas seguidoras e possíveis clientes, de fazê-las lembrar-se que a nossa loja existe, sem ter de recorrer a orçamentos exorbitantes em publicidade.
Quais foram as vantagens da participação no Portugal E-Commerce Awards?
Esta participação veio consolidar a marca no mercado nacional e trazê-la ao conhecimento de mais pessoas, não só do meio mas do público em geral.
Quais as tendências que apontam nesta área para o futuro?
A principal tendência no e-commerce pós-pandemia é mesmo deixar as vendas óbvias e construir uma ligação com as clientes. O público já não quer receber e-mails com catálogos de produtos ou abrir o Instagram e sentir que está num site de classificados. A tendência é saber o que o público valoriza, conversar com ele, criar uma relação e fazer as marcas crescer nesse sentido. Basta abrir uma newsletter da Zara Home, por exemplo, para perceber que é isso que as grandes marcas já estão a fazer.
Com a constante atualização e desenvolvimento desta área, como é que se acompanha todas estas tendências?
Estando à frente de um e-commerce, estar atualizada é uma obrigação, especialmente no que se refere a marketing digital e branding. Leio livros da especialidade, estou constantemente à procura de informação em blogues e contas de Instagram de especialistas da área (muitos dos quais brasileiros, que estão a anos-luz no que toca a marketing digital) e participo regularmente em diversos workshops e webinars, não só específicos da área mas também de outras às quais possa ir procurar tendências.
Qual o futuro do e-commerce na sua marca: uma alternativa ou o caminho a seguir?
Acredito que na minha marca o e-commerce será sempre o pilar central e o maior canal de vendas. Há sempre a possibilidade de o conjugar com ações em campo, lojas pop-up, entre outras, mas não há dúvida que este é o caminho a seguir e a pandemia só veio reforçar que quem não está online, está longe de chegar a todos.
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