Líder do CDS vai ser candidato nas eleições autárquicas
"Posso apenas garantir que darei o meu exemplo e também serei candidato nas próximas eleições autárquicas", garantiu líder do CDS. Anúncio oficial deverá acontecer nos próximos dias.
O presidente do CDS-PP anunciou este sábado que será candidato nas próximas eleições autárquicas, existindo uma “forte probabilidade” de encabeçar uma lista à Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, mas remeteu o anúncio oficial para os próximos dias.
Na sua intervenção no arranque do Conselho Nacional que decorre este sábado para discutir e votar os regulamentos para as eleições autárquicas, Francisco Rodrigues dos Santos anunciou que, “por deliberação unânime, todos os membros da Comissão Política Nacional do CDS serão candidatos nas próximas eleições autárquicas, mostrando o seu total compromisso com o partido e a sua absoluta disponibilidade para contribuir para o sucesso do CDS”.
No final da intervenção que fez a partir da sede do partido, em Lisboa e que foi aberta à comunicação social, o líder centrista foi questionado pelos jornalistas se também será candidato. “Essa decisão será anunciada nos próximos dias, no local e no tempo próprio e posso apenas garantir que darei o meu exemplo e também serei candidato nas próximas eleições autárquicas“, respondeu.
De acordo com o presidente do CDS-PP, existe “uma forte possibilidade” de “poder eventualmente vir a encabeçar uma lista à Assembleia Municipal em Oliveira do Hospital”. Este é um “cenário que estará em cima da mesa” e que está “a equacionar”, indicou, salientando que Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, é a sua terra.
“Eu oiço tantas vezes as pessoas no nosso partido dizerem que têm terra, eu também tenho uma terra e a minha terra é Oliveira do Hospital onde estão as minhas raízes familiares, de onde eu sou natural, e onde eu vim e cresci para o meu país e para o mundo”, acrescentou.
Direção tem “última palavra” sobre candidatos a Lisboa, diz líder do CDS
O presidente do CDS-PP salientou, este sábado, que a direção do partido tem a “última palavra” na escolha dos candidatos a Lisboa, que integrarão a coligação PSD/CDS liderada por Carlos Moedas, e negou mal-estar com a concelhia. “Não confirmo mal-estar rigorosamente nenhum porque nunca o senti”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, que falava aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa.
No final da sua intervenção no arranque do Conselho Nacional de hoje, que foi aberta à comunicação social, o presidente do CDS foi questionado sobre a notícia do jornal Observador que dá conta de que a concelhia de Lisboa aprovou João Gonçalves Pereira como candidato à Câmara Municipal de Lisboa, além de Diogo Moura e Nuno Rocha Correia, mas a direção não quer que o atual vereador integre a coligação.
Apontando que, “nos termos do regulamento autárquico”, que “estão estabilizados no partido ao longo dos últimos anos”, a “primeira palavra na proposta dos nomes pertence às estruturas de base do partido e “foi isso que fizeram”, Rodrigues dos Santos salientou que “a decisão final e a última palavra pertence à direção do partido”. “Portanto, este processo está a seguir os trâmites normais que estão fixados no partido há muito tempo” e está “a decorrer com toda a normalidade”, prosseguiu.
O presidente centrista indicou que a direção do partido está “em diálogo permanente com representantes do PSD” para que os dois partidos estabeleçam o programa eleitoral da candidatura e distribuam os lugares da lista e “só depois” serão indicados os nomes dos candidatos.
Questionado se o vereador e líder da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira – que é crítico da direção e esta semana indicou que vai deixar o parlamento – estará nas listas, Francisco Rodrigues dos Santos indicou que “essa avaliação será feita pela direção nacional do partido no seu tempo próprio”.
“Eu conto com o contributo de todos mas este é o momento, em primeiro lugar, de acertarmos agulhas no que diz respeito ao programa eleitoral, depois procedermos a uma chave de repartição de lugares que permita perceber quais serão ocupados pelo CDS, quais pelo PSD e outros por independentes e só depois aí indicaremos as pessoas com o perfil mais certo para o exercício dessas funções autárquicas”, insistiu.
Recusando que esteja em curso uma guerra aberta entre a direção nacional do CDS-PP e a concelhia de Lisboa, liderada por Diogo Moura, o líder centrista indicou também que não é “pressionável por notícias de jornais” e salientou que gere o CDS-PP “com base nas regras que são aprovadas pelos militantes e pelos procedimentos que estão instituídos de há muitos anos a esta parte”.
“Aqueles que acham que fazendo ruído na comunicação social ou criando a ilusão artificial de que existem guerras ou quezílias internas para levar a água ao seu moinho, garanto-vos que eu não sou minimamente influenciável por isso e vou tomar sempre a decisão que seja mais certa para o partido e que sirva o superior interesse do CDS e que vá ao encontro daquilo que é a expectativa do nosso eleitorado“, frisou igualmente.
Na ocasião, o presidente do CDS-PP foi também questionado se o facto de o CDS apoiar uma eventual recandidatura do atual autarca independente Rui Moreira à Câmara do Porto pode causar algum mal-estar com o PSD, uma vez que os dois partidos assinaram um acordo-quadro que enquadra as regras para coligações autárquicas, Rodrigues dos Santos recusou, reiterando “que faria sentido o CDS reconfirmar a escolha que fez em 2013 e 2017”. “É um assunto que está bem arrumado com o presidente do PSD“, garantiu, indicando que o facto de a Iniciativa Liberal poder também vir a apoiar o atual autarca portuense “não impede” o apoio do CDS-PP à mesma lista.
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