Costa salienta investimento público é essencial na resposta à crise
Desde 2016, "o investimento público terá aumentado mais de 60%", em Portugal, disse António Costa, antes de acrescentar que o setor da construção civil não parou durante a pandemia.
O primeiro-ministro considerou esta terça-feira que o investimento público é essencial na resposta à crise provocada pela covid-19, defendendo que Portugal está a enfrentar a crise de forma distinta do passado e também sairá dela de outra forma.
Esta posição de caráter ideológico foi transmitida por António Costa no final de uma visita às obras de requalificação na Escola Secundária Camões, em Lisboa, em que esteve acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
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Logo no início da sua intervenção, o líder do executivo referiu-se ao quadro de respostas adotado pelo país perante a crise financeira internacional de 2010, advogando que uma das primeiras decisões então tomadas “foi parar o investimento público”.
“Interrompeu-se assim o enorme esforço de recuperação do parque escolar. Agora, estamos outra vez numa crise profunda, mas desta vez percebemos que era fundamental não só não interromper, como, pelo contrário, acelerar o investimento público”, declarou.
Perante os jornalistas, António Costa caracterizou como “simbólica” a obra de requalificação que está em curso no antigo Liceu Camões.
“Marca bem a forma distinta como estamos a enfrentar esta crise e, também, a forma distinta como vamos sair desta crise”, salientou.
De acordo com os dados apresentados pelo primeiro-ministro, desde 2016, em Portugal, “o investimento público terá aumentado mais de 60%.
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“E só este ano o investimento público aumenta mais de 20%, não apenas no setor educativo, mas muito na área da saúde. Com estas obras nas escolas, estamos a dar um sinal muito claro de que a recuperação do país passa pelo investimento público e pelo investimento na educação”, reforçou.
Ainda no plano económico, o primeiro-ministro observou que o setor da construção civil “foi um dos poucos que nunca parou” desde o início da pandemia no ano passado.
“Mesmo nos momentos mais difíceis em que muitos tiveram de ficar em casa para se proteger, houve outros que tiveram de continuar a sair de casa, correndo riscos de saúde, para que as obras não parassem. Isso foi fundamental para sustentar a economia e o emprego”, destacou.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro disse também que o seu Governo, em janeiro passado, perante um aumento drástico de casos de infeção com o novo coronavírus, “resistiu até ao último segundo interromper as atividades letivas presenciais”.
“E das primeiras decisões que tomámos foi começar o desconfinamento pelas creches, pelos jardins de infância e pelo 1º ciclo. Estamos todos a fazer um esforço para que este programa de desconfinamento corra bem e para que rapidamente possamos abrir os 2º e 3º ciclo logo a seguir à Páscoa, e depois seguir-se-ão os ensinos Secundário e Superior”, apontou.
Antes, o ministro da Educação salientou a importância das aulas presenciais e das medidas de segurança adotadas contra a pandemia de covid-19.
“O lugar real onde devem estar os nossos alunos, professores ou trabalhadores não docentes é nas suas próprias escolas. É lá que o processo de ensino verdadeiramente acontece”, disse Tiago Brandão Rodrigues.
Segundo o membro do Governo, ao longo das últimas semanas, as escolas demonstraram que “está preparadas e que são um exemplo ao nível do cumprimento das regras” de prevenção da covid-19.
“A testagem em massa que fizemos primeiro com os educadores, com os trabalhadores não docentes, mostra que as escolas estão preparadas e a participar neste processo de desconfinamento. E o processo de vacinação que irá iniciar-se é outra forma de demonstrarmos que as escolas têm de ser resilientes”, acrescentou.
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