Canais da RTP na TDT a 1 de dezembro
Gonçalo Reis diz que esta é "grande oportunidade para a RTP porque vai ter os seus canais todos em aberto".
As emissões da RTP3 e da RTP Memória na televisão digital terrestre (TDT) arrancam a 1 de dezembro, afirmou hoje o presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis.
“Estamos a planear o arranque da RTP3 e RTP Memória a 1 de dezembro, coincidindo com a data legal imposta, as equipas estão a trabalhar, há equipas internas de conteúdos, de formatação de canais, de tecnologia, em termos de regulação e também legal, estamos a dar os passos todos, é uma grande oportunidade para a RTP, estamos entusiasmados com isso”, afirmou o gestor.
Gonçalo Reis falava aos jornalistas à margem do 26.º congresso organizado pela APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que este ano é sobre o tema “Digital Business Congress” e termina na quinta-feira, em Lisboa.
Questionado sobre os custos da TDT para a RTP, Gonçalo Reis disse: “Estamos a trabalhar numa série de cenários e de ajustamentos, em termos de distribuição com o operador Portugal Telecom e chegaremos a acordo envolvendo também, eventualmente, os reguladores, como está previsto na lei”.
É uma grande oportunidade para a RTP porque vai ter os seus canais todos em aberto, é uma grande oportunidade para o público português porque vai ter mais oferta, o que resulta em mais capacidade de escolha.
Relativamente a perdas que a RTP possa vir a ter, já que os dois novos canais a serem disponibilizados na TDT – RTP3 e RTP Memória – não vão ter publicidade, Gonçalo Reis foi perentório: “Não prevejo perdas nenhumas”.
O presidente da televisão estatal reiterou que esta é uma “grande oportunidade para a RTP porque vai ter os seus canais todos em aberto, é uma grande oportunidade para o público português” porque vai ter mais oferta, o que resulta em mais capacidade de escolha, e “é uma grande oportunidade para o setor audiovisual”, já que incentiva a produção de mais conteúdos em português.
Para o gestor, “a solução encontrada [para alargar a oferta na TDT] é uma ótima solução” e recordou que a TDT em Portugal “era a mais pobre da Europa”.
Esta é “uma solução equilibrada, prevê canais públicos e canais privados, há espaço para todos. É assim em toda a Europa, não há nenhum caso na Europa em que os canais públicos não estejam todos na TDT”, salientou.
“O executivo reservou também dois canais para operadores privados, quanto mais rápido forem melhor porque assim vai dinamizar a rede”, concluiu.
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