5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

A divulgação do resultado da OPA do caixaBank sobre o BPI e o regresso de Portugal ao mercado para emitir dívida estão entre os fatores que mais poderão pesar no sentimento dos investidores lusos.

Hoje é um dia D para o BPI, mas também para o Tesouro que regressa ao mercado para emitir dívida num contexto de agravamento dos juros soberanos. Serão também conhecidos dados que permitem fazer um balanço sobre a evolução do emprego no ano passado. A nível internacional, referência para mais um dia marcado pela divulgação de contas trimestrais, mas também para os inventários do crude norte-americano, dados que podem influenciar a evolução das cotações do petróleo nesta sessão.

Resultado da OPA ao BPI

Esta quarta-feira será conhecido o desfecho da oferta pública de aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. Após o fecho do mercado realiza-se na Euronext Lisbon uma sessão especial onde serão apresentados os resultados desta operação. O Grupo Violas, maior acionista português do BPI, avançou ao ECO nesta terça-feira a intenção de vender a sua posição de 2,681% no capital do banco liderado por Fernando Ulrich, mas resta saber a percentagem total do capital do BPI que o CaixaBank conseguiu reunir. De recordar que o banco espanhol lançou uma OPA sobre o BPI, oferecendo para tal um preço unitário de 1,134 euros por ação.

Portugal emite dívida com juros em alta

Portugal regressa esta manhã aos mercados para realizar o primeiro leilão de dívida de longo prazo do ano, sem o apoio de um sindicato bancário. O Tesouro português vai tentar colocar junto dos investidores até 1.250 milhões de euros em dívida a cinco e sete anos, uma emissão que acontece num período de agravamento dos juros no mercado secundário que poderá encarecer o preço desta operação. Na passada segunda-feira, a taxa de juro da dívida a 10 anos nacional atingiu um novo máximo de março de 2014, com esta a fixar-se acima dos 4,2%, nível em que se manteve ontem apesar de ter ocorrido um ligeiro alívio.

Emprego de 2016 em balanço

O Instituto Nacional de Estatística divulga esta quarta-feira os dados sobre o emprego relativos ao último trimestre de 2016. Com estes dados será possível fazer um balanço sobre a evolução do emprego e do desemprego em Portugal na totalidade de ano e ter algumas pistas sobre a evolução da economia portuguesa. Os últimos dados disponíveis indicam que, no final do terceiro trimestre de 2016, a taxa de desemprego situava-se nos 10,5%, dando seguimento a uma tendência de quebra que se tem vindo a observar desde o último trimestre de 2015. O ministro da economia, Caldeira Cabral, estima que em 2017 o desemprego vai estar abaixo dos 10%.

Mais resultados empresariais à vista

Hoje é mais um dia na agenda de divulgação de contas trimestrais, com o setor das farmacêuticas a merecer especial atenção. As farmacêuticas britânica e francesa GlaxoSmithKline e Sanofi apresentam o balanço da sua atividade nos últimos três meses do ano passado. No caso da GlaxoSmithKline, as estimativas da Bloomberg apontam para que os seus lucros se tenham situado nos 4,92 mil milhões de libras, em 2016, para menos de metade face ao resultado de 2015. Já no que respeita à Sanofi, as estimativas da Bloomberg apontam para que os seus lucros se tenham situado nos 7.000 milhões de euros, em 2016, praticamente em linha com o resultado apresentado em 2015.

Inventários de crude em análise

Hoje é dia de conhecer os dados semanais relativos aos inventários de crude nos Estados Unidos, informação que será divulgada pela Administração de Informações sobre Energia. Estes números poderão ser determinantes para o rumo das cotações do petróleo nos mercados internacionais. Uma subida dos inventários tende a exercer uma pressão baixista sobre a cotação do ouro negro, enquanto a descida deste indicador tende a fazer subir as cotações. Desde que em novembro do ano passado a OPEP anunciou um acordo com vista a travar a produção de petróleo para ajudar a puxar pelo respetivo preço que a cotação da matéria-prima se tem mantido acima da fasquia dos 50 dólares por barril.

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