Flexdeal passa de lucros a prejuízos no primeiro trimestre
A empresa justifica o resultado por a maior parte das empresas subsidiárias terem sido "constituídas há cerca de um ano, pelo que estão numa fase de investimento muito embrionária".
A Flexdeal registou prejuízos de 257 mil euros no primeiro trimestre de 2021, apesar de apenas 55 mil serem diretamente imputados aos acionistas, após lucros de 220 mil euros no mesmo período do ano passado, comunicou a empresa ao mercado.
De acordo com um relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de Barcelos, o resultado líquido “foi negativo em 257.061,08 euros devido aos interesses que não são controlados pela Flexdeal no valor de 201.549,73 euros”, a que se somam os 55.511,35 atribuíveis aos acionistas da empresa.
A diferença deve-se ao facto da maior parte das empresas subsidiárias terem sido “constituídas há cerca de um ano, pelo que estão numa fase de investimento muito embrionária, o que leva a que os seus rendimentos operacionais ainda não superem os gastos operacionais e, como tal, apresentaram resultados líquidos negativos”, de acordo com a empresa.
A Flexdeal, que detém 19% da Raize e foi a primeira Sociedade de Investimento Mobiliário para Fomento da Economia (SIMFE) portuguesa, apresentou também um resultado operacional das operações continuadas (antes de gastos de financiamento e impostos) deduzido das Depreciações e Amortizações (EBITDA), no valor de 66 mil euros negativos.
“No período em análise, a Flexdeal registou depreciações e amortizações no montante de 108.506,78 euros. O resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) foi negativo de 174.681,56 euros”, pode ainda ler-se no relatório enviado ao regulador do mercado.
A Flexdeal informa ainda que “antes de impostos, o resultado foi negativo de 181.733,37 euros” no primeiro trimestre do ano.
A empresa informou também que no final de março tinha uma posição de caixa de 1,9 milhões de euros, e que “em face do objeto social da empresa e do aumento de capital realizado em setembro de 2020, o saldo de liquidez foi essencialmente aplicado em novos investimentos e/ou no reforço de investimentos em curso”.
No final de março, “o total de capital próprio da sociedade ascendia a 19.049.207,61 euros”, refere a empresa, com o capital subscrito a ser de 18.585.270,00 euros, sendo este detido em 69,93% pela Flexdeal Participações, S.A. (ex-Método Garantido Participações, S.A.) que, por sua vez, é controlada pelo núcleo de acionistas fundadores da sociedade, cuja conversão deu origem à Flexdeal”, existindo ainda 0,42% de ações detidas pela própria Flexdeal.
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