Durante anos, o Palácio das Necessidades foi residência real e as suas salas receberam figuras ilustres da monarquia europeia. Hoje é a sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Este verão o ECO vai guiá-lo por espaços culturais ou patrimoniais com interesse turístico, mas onde o público em geral não entra normalmente. Uma vez por semana, em julho e agosto, venha espreitar o interior de ministérios, empresas ou outras entidades fora dos roteiros turísticos. Veja a galeria de fotos e um breve guia do local na rubrica Aqui, turista não entra.
Conta a história que o Palácio das Necessidades veio ocupar o local da antiga ermida de Nossa Senhora das Necessidades, construída em 1607 na zona de Alcântara, em Lisboa. Já no século XVIII, o rei D. João V, devoto da imagem da Senhora, comprou as propriedades em volta para que se pudesse ampliar a ermida e construir um palácio.
O rei decidiu também mandar construir um convento e um hospício, que viriam a ser entregues a uma congregação de eclesiásticos que se dedicassem ao ensino da Teologia, das Humanidades e das Ciências. O arquiteto Caetano Tomás de Sousa viria a ser o responsável pelo projeto.
O complexo das Necessidades, do qual fazem parte o convento, o palácio e a tapada com os seus jardins, serviu de residência real de D. Maria II, D. Pedro V, D. Carlos I e D. Manuel II durante parte do século XIX, e era aqui que, habitualmente, eram recebidas as ilustres figuras da realeza europeia que estavam de passagem por Lisboa naquela altura.
A partir de 1916, poucos anos depois da proclamação da República em Portugal e consequente expulsão da família real, o Palácio das Necessidades viria a tornar-se sede dos gabinetes e serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Mas a tradição de receber no edifício altas figuras diplomáticas e cerimónias protocolares mantém-se ainda hoje. E é pelas salas do Palácio das Necessidades que se exerce a mais alta diplomacia da nação. Foi também aqui que o engenheiro António Guterres, atual secretário-geral das Nações Unidas, montou a sua sede de candidatura ao cargo em 2016.
Veja na fotogaleria abaixo algumas das salas mais importantes do Palácio das Necessidades, normalmente inacessíveis ao público.
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A alta diplomacia portuguesa acontece nestas salas das Necessidades
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