A sua marca já está no Metaverso?

Pense nisso, porque dentro de cinco anos todos teremos uma versão digital de nós próprios.

É a buzzword do momento: “Metaverse”. Está em tudo o que são textos de opinião ou artigos sobre o futuro e em particular sobre o futuro das marcas. E faz ainda mais sentido quando os especialistas em tendências apontam que dentro de cinco anos todos nós viveremos a fisicalidade de outra forma, já que teremos uma versão digital de nós próprios, ou seja, uma espécie de avatar quase incapaz de distinguir o real do virtual. Não é já o que acontece nas nossas decisões de compra, em que tanto importa se compramos em loja ou online?

De tudo o que tenho lido na última semana há um artigo da Forbes que me chamou a atenção pela forma como coloca o tema: “More Than A Trend: Entering The Metaverse Will Become A Necessity For Brands”. E é esta a realidade e talvez aquilo que uma marca não quer ouvir, pelo menos a um domingo de manhã. No momento em que pelo mundo fora se sucedem as talks e os eventos digitais para falar do metaverso, o tema já sai dos universos mais óbvios e mais falados como a arte e os NFT’s, os non-fungible tokens.

São já várias as indústrias mas é no luxo — talvez porque possa fazer esse investimento ou porque os consumidores mais exigentes assim o pedem –, que começamos a ver as grandes marcas a entrar e a assumirem uma estratégia especificamente para o metaverso. É o caso da Louis Vuitton que acaba de lançar uma “coleção cápsula” dentro do universo do League of Legends. Engraçada a forma como o artigo da Forbes coloca o desafio: estamos a viver um momento em que, tal como no início dos anos 200,0 as marcas achavam que não precisavam de uma estratégia de social media e colocavam um estagiário a fazer uns post, as marcas em 2021 precisam urgentemente de ter equipas próprias só para pensar naquela que será a sua existência virtual e a dos seus produtos. Porque não basta estar, é preciso cada vez mais apostar na tecnologia que já existe e começar a pensar em novas tecnologias que vão além dos NFT’s, da realidade virtual ou da realidade aumentada.

E quando dizia que é a buzzword do momento é porque já se fala que a economia virtual será tão importante quanto a economia física, é a chegada como já apontam do “omniverse” com um sem número de hipóteses de cruzar os diferentes canais. E já se diz que para as marcas não há outra hipótese: têm que estar no metaverso, caso contrário podem não sobreviver. Já não é uma questão de escolha, é mais a de quem chega primeiro e com que experiência chega. Segundo o artigo que falei da Forbes, entre os pioneiros deste novo território para as marcas estão indústrias como o gaming e a moda, esta última a ter na Gucci um grande exemplo. Depois de já ter explorado a sua presença nos jogos online, a marca italiana lançou o “House’s Gucci Garden Archetypes” uma experiência imersiva e de multimédia criada com a Roblox, que nos leva até Florença onde se explora a visão criativa da marca.

O metaverso é assim a tal “necessidade para as marcas” em que é preciso desenvolver internamente ou com parceiros tecnológicos, uma estratégia de transferência daquela que é a fisicalidade da marca para o universo virtual. “Those who are preparing today will be a part of the multi-trillion economy tomorrow” pensem nisso.

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