Janet Yellen pede aumento ou suspensão do limite da dívida pública dos EUA

  • Lusa
  • 23 Julho 2021

"Se o Congresso não agir para suspender ou aumentar o limite da dívida até segunda-feira, 02 de agosto de 2021, o Tesouro deve começar a tomar algumas medidas extraordinárias", avisa Yellen.

O Departamento do Tesouro dos EUA vai ter de tomar medidas para evitar incumprimentos nos seus pagamentos, se o limite da dívida não for aumentado ou suspenso até 2 de agosto, avisou esta sexta-feira a sua titular.

Janet Yellen fez o aviso em comunicação aos congressistas norte-americanos, que pressionou para agir.

“Se o Congresso não agir para suspender ou aumentar o limite da dívida até segunda-feira, 02 de agosto de 2021, o Tesouro deve começar a tomar algumas medidas extraordinárias suplementares para impedir que os EUA faltem às suas obrigações”, avançou, na sua mensagem.

Em agosto de 2019, o limite tinha sido elevado, por um acordo entre Donald Trump e os congressistas democratas, até 31 de julho de 2021.

Depois desta data, a primeira economia do mundo arrisca não pagar dívidas, o que nunca aconteceu e teria consequência financeiras desastrosas. Um ‘shutdown’, a paralisia dos serviços do Estado federal, é também uma hipótese.

A emissão de títulos de dívida pública vai ser suspensa a partir de 30 de julho.

A subida ou a suspensão do limite da dívida não aumenta as despesas públicas e também não autoriza as despesas para as propostas orçamentais futuras; apenas permite ao Tesouro pagar as despesas já adotadas“, detalhou Yellen, na mensagem dirigida aos congressistas.

Especificou que “o nível atual da dívida reflete o efeito acumulado de todas as decisões tomadas, em matéria de despesas e impostos, pelas administrações e os Congressos dos dois partidos, ao longo dos tempos”.

Lembrou ainda que “o desrespeito destas obrigações causaria um prejuízo irreparável à economia norte-americana (…). Só a ameaça de não respeitar as suas obrigações já teve efeitos nefastos no passado, incluindo a única degradação” da notação do país, recordou.

Em 2011, a Standard and Poor’s provocou uma celeuma, ao retirar aos EUA a sua notação máxima, o designado triplo A (AAA), que em princípio permite aceder ao crédito nos mercados internacionais a um custo melhor, no seguimento de um bloqueio político à subida do limite da dívida, que se arrastou por meses.

O assunto é recorrente na vida política dos EUA. Desde 1960, o Congresso agiu por 78 vezes para subir ou suspender o limite do endividamento, detalha o Tesouro no seu sítio na internet.

A dívida pública dos EUA, em 22 de julho último, ascende a 28,47 biliões (milhão de milhões) de dólares (24,19 biliões de euros).

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