Catarina Martins quer aumento “real” das pensões em 2017
"Um aumento de 60 cêntimos numa pensão é muito mais um insulto do que um descongelamento", afirmou a líder bloquista.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu na quinta-feira à noite o aumento “real” das pensões no Orçamento de Estado para 2017 (OE2017) porque é uma medida de “elementar justiça” e de “impacto significativo”.
“É preciso dizer com honestidade que quem trabalhou uma vida e descontou para uma pensão, que hoje é tão baixa, de facto ainda não viu qualquer diferença porque um aumento de 60 cêntimos numa pensão é muito mais um insulto do que um descongelamento”, afirmou durante uma sessão pública, em Matosinhos, distrito do Porto. A bloquista espera que o Orçamento de Estado seja capaz de “aumentos reais” nas pensões e que façam a diferença para quem trabalhou toda uma vida.
“Para o BE, em boa medida, a prova dos nove que este orçamento trará é se é ou não capaz de aumentar de forma significativa e real as pensões que mais dificilmente chegam até ao final do mês”, salientou. Catarina Martins lembrou que “infelizmente” há muitos pensionistas que são os “pilares da família” porque o desemprego bateu à porta dos filhos ou netos. E entendeu: “Os pensionistas foram particularmente esquecidos estes anos. Além de não terem tido um cêntimo de aumento no governo de direita viram o custo de vida aumentar todos os anos”.
A prova dos nove que este orçamento trará é se é ou não capaz de aumentar de forma significativa e real as pensões que mais dificilmente chegam até ao final do mês.
A discussão sobre o aumento das pensões será um “combate complicado” se dirá que é demasiado para as possibilidades do país, mas será mesmo, questionou. “Será que um país que tem sido tão generoso para com o sistema financeiro não é capaz de um esforço para aumentar as pensões”, interrogou ainda.
A coordenadora do BE acredita que não há ninguém que seja capaz de dizer abertamente que é errado pedir um “pequeníssimo” esforço a um por cento de que tem fortunas imobiliárias para aumentar mais de um milhão de pensionistas pobres.
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