BRANDS' ECO Desafios e soluções da transformação digital nas PME
A transformação digital das PME foi o tema central do quinto evento “Altice Empresas Live”. Os desafios e soluções para esta transição foram apresentados pelos especialistas presentes no evento.
Se, há uns tempos atrás, as empresas olhavam para a transformação digital como uma opção, hoje em dia já a encaram como uma questão de sobrevivência. Isto porque, principalmente durante a pandemia, houve uma perceção de que, sem a tecnologia, não seria possível ultrapassar esta crise. E as mudanças adotadas nessa altura vieram para ficar.
O quinto evento “Altice Empresas Live” centrou-se, por isso, nos desafios que podem aparecer durante esta transição e nas soluções que devem ser adotadas pelas pequenas e médias empresas durante essa transformação, a fim de serem bem sucedidas.
A sessão contou com a presença de Paulo Rego, diretor de Produto e Pré-Venda da Altice Empresas, Bruno Horta Soares, Leading Executive Advisor na IDC Portugal, José Santos, coordenador da equipa tecnológica do Colégio Guadalupe, Ana Casas, CEO da Mesosystem, António Teixeira, CEO da PONTUAL e Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B Altice Portugal.
A tendência crescente de investimento em tecnologia
Bruno Horta Soares, Leading Executive Advisor na IDC Portugal, começou por apresentar algumas previsões da IDC, que vão de encontro à ideia de que a transição digital é uma realidade que tem de ser acompanhada pelas empresas, caso queiram manter os seus negócios a funcionar.
“Nós acreditamos que, até 2023, cerca de 20% das PME que estavam resistentes à mudança vão ter, naturalmente, de se aproximar cada vez mais de parcerias estruturais que, não só vão ajudá-las a fazer compras pontuais de tecnologia, como também vão ajudá-las nos programas de transformação e nas suas verdadeiras estratégias de transformação do negócio”, afirmou.
De acordo com a análise da IDC, 70% das PME farão um aumento muito significativo em tecnologia até 2026. No entanto, o especialista da IDC alertou para uma ameaça que existe nesta realidade, que diz respeito à ideia de que esta transição se faz com qualquer tecnologia: “Adotar tecnologias anteriores não vai fazer com que a organização entre na transformação digital. Portanto, este investimento que nós identificamos tem de ser em terceira plataforma – em inovação, como a inteligência artificial, o IoT, a robótica, os interfaces”.
Contudo, apesar desta tendência crescente em investimento tecnológico, os números da IDC apontam que uma em cada cinco pequenas médias empresas que conseguiram sobreviver à Covid-19, não irão conseguir sobreviver nos próximos anos até 2025, isto porque não serão capazes de inovar rapidamente para digitalizar as suas operações e responder às necessidades dos clientes.
Para evitar que isto aconteça, Bruno Horta Soares ressalva a importância de investir em comunicação e conectividade. “A conectividade é quando as comunicações deixam só de ligar humanos e passam a ligar humanos a máquinas e, cada vez mais, máquinas a máquinas. Até porque é daqui que vem o petróleo desta transformação, que são os dados, que são os ativos das organizações”, disse.
"“Tivemos de nos transformar digitalmente e, nesta nova realidade, a Altice teve um papel importante no fornecimento de tecnologia”.”
“Transformar para criar novas oportunidades de negócios”
Os dados que, como Bruno Horta Soares referiu, são os “ativos das organizações”, advêm da aposta em tecnologia, mas é preciso saber como fazer este investimento digital para que não haja surpresas desagradáveis. Para esclarecer como o fazer, neste evento, houve, ainda, espaço para uma mesa redonda com o mote “transformar para criar novas oportunidades de negócios”.
José Santos, coordenador da equipa tecnológica do Colégio Guadalupe, começou por dar o exemplo da importância da tecnologia no setor da educação, um dos mais afetados pela pandemia devido à quantidade de alunos que tiveram de deixar a escola e começar a ter aulas a partir de casa: “Tivemos de nos transformar digitalmente e, nesta nova realidade, a Altice teve um papel importante no fornecimento de tecnologia”.
O coordenador explicou, ainda, que, atualmente, o colégio optou por um modelo híbrido de ensino, isto porque se apercebeu de algumas vantagens que este método pode trazer à aprendizagem dos alunos em várias situações. “Por exemplo, alunos que estejam doentes ou que não possam assistir às aulas por questões diversas, com a tecnologia já conseguem acompanhar o ensino”, disse.
Já Ana Casas, CEO da Mesosystem, garantiu que o caso da sua empresa é um ligeiramente diferente, uma vez que, durante a pandemia, a dependência tecnológica que outros setores sentiram não foi tão observada no deles. Tratando-se de indústria, os trabalhadores mantiveram a sua rotina de ir todos os dias para o seu local de trabalho.
Ainda assim, a Mesosystem já tinha vindo a investir no desenvolvimento tecnológico em várias áreas. No entanto, a diversidade de cargos e de necessidades acabou por trazer dificuldades a esse processo que, de acordo com a CEO, foi facilitado por terem a ajuda de um parceiro tecnológico. “Sem a Altice tudo isto seria impossível”, afirmou.
Na mesa redonda, António Teixeira, CEO da PONTUAL, acrescentou também que “as empresas pequenas ainda não estavam muito evangelizadas para estes conceitos e quando foram confrontadas com isto [pandemia], obrigatoriamente tiveram que entrar em todo este desafio”.
Ainda assim, o responsável da PONTUAL admitiu que, mesmo na sua empresa, esta fase “correu muito melhor do que esperava” devido às estruturas “bastante robustas” que têm como parceiros e que os ajudaram a suportar a crise.
"“Não há transformação digital se não houver transformação de negócio””
Quais são, então, as soluções?
A ideia de ter um parceiro tecnológico que ajude a ultrapassar estes desafios foi partilhada por todos os oradores da mesa redonda que, na realidade, superaram com sucesso a fase pandémica, a crise que mais dependeu do digital para sobreviver. Mas quais são, então, as soluções que as pequenas e médias empresas devem adotar se quiserem sobreviver a este rescaldo pandémico, mas também superar novos desafios que ainda possam surgir?
Paulo Rego, Diretor de Produto e Pré-Venda na Altice Empresas, apresentou quatro soluções, disponibilizadas pela Altice, que podem ajudar as empresas a ter novas abordagens de gestão, que sejam mais ágeis e mais rápidas e que, por isso, lhes tragam mais vantagens competitivas. São elas:
- Global Connect Pack. Trata-se de uma solução que converge o fixo, o móvel e a cloud, permitindo aos trabalhadores das empresas terem uma experiência indiferenciada, “quer estejam em casa, quer estejam nas empresas”, explicou Paulo Rego.
- Office Pack. Esta solução ainda não está disponível, mas, de acordo com o diretor de produto e pré-venda da Altice Empresas, “vai ser lançada nos próximos meses”. Trata-se de um produto que procura responder aos desafios da tecnologia de informação das PME, relacionados com equipamentos, aplicações de produtividade, suporte aos utilizadores, proteção, avarias e custos. “Todo este universo é fornecido através deste produto”, garantiu.
- Smart Marketing Pack. Esta opção garante o relacionamento com os clientes, independentemente do cenário que a empresa esteja a atravessar, uma vez que permite comunicar de forma automatizada por múltiplos canais, como SMS, e-mail, notificações web e redes sociais. É, por isso, uma excelente opção para enfrentar crises.
- Gestão de Frotas. Apesar de esta opção não ser nova, a verdade é que saber o estado mecânico de um veículo, ter informação específica para veículos elétricos (nível de baterias, carregamentos) e, ainda, ter acesso a dados de gestão operacional da frota acaba por contribuir para um tema que está mais em voga do que nunca – a sustentabilidade e é, por isso, uma forma de conseguir uma aproximação aos clientes, já que através desta opção se mostra que “as ideias da empresa correspondem às ideias do cliente”.
Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal, reforçou que “não há transformação digital se não houver transformação de negócio”, que deve, segundo o CSO, assentar em três pilares – tecnologias, pessoas e processos. E só no final será possível para as empresas tornarem-se mais competitivas e darem uma melhor experiência aos clientes, e estarem num mercado cada vez mais competitivo com soluções diferenciadoras”.
De acordo com o CSO B2B, a Altice Empresas prepara-se para apresentar uma nova solução bundle, onde telecomunicações e ICT vão estar de mão dada, com um suporte único que através de equipas internas ou parceiros fará uma gestão do processo de transformação digital.
Para finalizar, Nuno Nunes fez saber que o compromisso da marca Altice Empresas para as PME – que valem mais de 95% do tecido empresarial da empresa – é de continuar “a ser líder convosco”.
No vídeo seguinte, fique a conhecer as mensagens dos diferentes intervenientes do evento sobre o papel da tecnologia na reinvenção das Pequenas e Médias Empresas.
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