A inflação na Europa está em 5%, mas o BCE continua a adquirir activos financeiros. Isto é sintomático da armadilha de endividamento
A Presidente do Banco Central Europeu (BCE) está numa posição difícil. Depois de meses a fio a afirmar que a inflação seria transitória, os factos forçaram-na finalmente a rever o discurso. Enfim, não há como escapar a uma taxa de inflação de 5%. Lagarde diz agora que o conselho de governadores do BCE está (unanimemente) preocupado com a evolução dos preços. O mercado de dívida antecipa já duas subidas das taxas de juro até ao final do ano. Mas nota-se a preocupação de manter a especulação sob controlo. O primeiro trimestre de 2022, ao que parece, será mais fraco do que o esperado. Razão, pois, para continuar a aguardar. Ora, é precisamente esta posição, primeiro negacionista, agora titubeante, que cria incerteza. As taxas de juro implícitas na dívida pública, que influenciam toda a
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