Nuno Melo promete candidatura a líder do CDS. Chicão critica “associação de egoístas”
Nuno Melo deve apresentar a sua candidatura à liderança do CDS na próxima semana. Francisco Rodrigues dos Santos criticou o "fogo amigo" que matou o CDS. Congresso marcado para 2 e 3 de abril.
O eurodeputado Nuno Melo afirmou esta sexta-feira que a sua vontade é ser candidato à liderança do CDS-PP e que poderá formalizar esse anúncio na próxima semana, dizendo “contar com todos” no partido.
Em declarações aos jornalistas, à entrada para o Conselho Nacional do CDS-PP, que se realizou esta sexta-feira na sede do partido, em Lisboa, Nuno Melo assegurou que não irá “perder um minuto a falar do passado ou a fazer ajustes de contas”, tendo chegado acompanhado de cerca de duas dezenas de pessoas, entre elas a deputada Cecília Meireles, e com alguns aplausos.
Pouco depois, o presidente demissionário do CDS-PP afirmou que, nos dois anos da sua liderança, “os adversários do CDS não estiveram lá fora”, mas dentro do partido, e assegurou que vai continuar “por aqui”.
“O ‘fogo amigo’ matou” o CDS, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, numa declaração aos jornalistas, sem perguntas, depois de ter falado perante o Conselho Nacional do partido, e em que esteve ladeado pela sua direção.
O presidente do CDS-PP, que anunciou a sua demissão na noite eleitoral e já disse que não se recandidatará, deixou uma garantia sobre o seu futuro: “Não vou andar por aí, porque sempre estive aqui e vou continuar por aqui”, afirmou, dizendo que o partido poderá por vezes contar com o seu “recato” e outras “com a sua intervenção.
“O CDS só terá futuro se não repetir as vergonhas do passado. O CDS só sobreviverá caso recuse ser um partido de grupo, uma associação de egoístas que se comportam como se fossem donos do partido ou um salão de beleza para cuidar de egos”, avisou.
Rodrigues dos Santos, que deixou a sede do CDS-PP depois de falar aos conselheiros e aos jornalistas, deixou ainda outro ‘recado’ interno na sua dura intervenção. “Ou aprendemos definitivamente a gostar do CDS ou os portugueses aprenderão a não gostar do CDS. E aí sim, desapareceremos e seremos substituídos por quem perfilhar os nossos valores e agarrar as nossas bandeiras”, alertou.
Entre as decisões do Conselho Nacional esteve a marcação do congresso do partido para os dias 2 e 3 de abril, por quase consenso, apenas com um voto contra.
(Atualizado às 22h05 com a data do congresso)
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