Novo ciberataque a sites de bancos e ministérios ucranianos

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2022

Os sites dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e o do Conselho de Ministros estavam inacessíveis na tarde desta quarta-feira. A origem do ciberataque não foi especificada.

Um novo ciberataque visou esta quarta-feira vários sites oficiais ucranianos, tornando-os inacessíveis, anunciou o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mikhailo Fiodorov. O alto responsável governamental indicou que o ataque começou ao final da tarde na Ucrânia, perturbando o funcionamento dos sites na Internet de vários bancos e ministérios do país.

As páginas de entrada dos sites dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e o do Conselho de Ministros estavam assim inacessíveis, constataram jornalistas da AFP. Os sites em causa conseguiram “redirecionar o tráfego para um outro fornecedor de acesso para minimizar os prejuízos”, assegurou Mikhailo Fiodorov. A origem deste ataque não foi especificada.

Em janeiro, a Ucrânia já tinha sido visada por um ciberataque de grande amplitude contra vários sites governamentais, e as autoridades afirmaram então ter provas que implicavam a Rússia, mas Moscovo desmentiu as acusações.

Um ataque informático de grande amplitude visando as infraestruturas estratégicas ucranianas é um dos cenários evocados como prenúncio de uma ofensiva militar clássica. A intensidade renovada da violência na frente leste da Ucrânia, teatro desde há oito anos de uma guerra com os separatistas apoiados pela Rússia, faz o ocidente acreditar numa iminente invasão russa.

O reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na segunda-feira, suscitou a condenação de generalidade dos países ocidentais, depois de cerca de dois meses de tensão devido à concentração de dezenas de milhares de tropas russas junto às fronteiras da Ucrânia.

Os separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, apoiados por Moscovo, entraram em guerra com as autoridades ucranianas em 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia.

Desde então, o conflito provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo as Nações Unidas.

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