Espanha é o terceiro país europeu com mais agências por habitante
Os bancos espanhóis mantêm uma das maiores redes de agências do continente europeu, com o Caixabank a liderar.
O debate sobre o serviço presencial nas agências bancárias ressurgiu com força em Espanha, apesar da tendência na Europa para a digitalização e para a redução das agências físicas. Em Espanha os bancos resistem em acabar com o modelo presencial, uma vez que têm uma das maiores redes de agências da Europa, com o Caixabank a liderar, noticia a Servimedia.
Dados do Banco Mundial mostram que Espanha é o terceiro país europeu com mais agências por habitante, o que resulta numa maior capacidade de servir pessoalmente os clientes, tais como os idosos, que têm mais dificuldade em utilizar os canais digitais.
A taxa de decréscimo dos balcões em Espanha tem sido mais elevada do que na Europa, tendo caído 56% nos últimos anos, em comparação com os 36% na Europa. No entanto, a banca em Espanha começou com um maior número de agências e, hoje em dia, é um dos países que continua a dar peso ao serviço ao cliente presencial.
Se a média europeia é de 22,6 agências bancárias por 100 mil adultos, Espanha duplica este número com 45,5 agências em média. Só é ultrapassada pela Bulgária e Luxemburgo, países que estão empenhados numa digitalização mais lenta, com 60 e 59 filiais por 100 mil adultos.
Espanha tem a terceira maior rede de agências da Europa, graças principalmente ao CaixaBank. É atualmente o banco com a rede mais extensa do país, com 5.022 agências, de acordo com os números do Banco de Espanha, e aquele que está apostar mais em áreas menos povoadas, mantendo praticamente 100% da sua presença em cidades com mais de cinco mil habitantes, facilitando assim as operações bancárias.
Muito atrás, abaixo de duas mil agências e com uma presença territorial menor, estão o Santander, com 1.916; o BBVA, com 1.895; o Unicaja, com 1.376; e o Banco de Sabadell, com 1.267, de acordo com dados do Banco de Espanha a 31 de dezembro de 2021.
Os países que mais têm prescindido do serviço presencial em agências são a Alemanha, Estónia, Áustria, Holanda e Letónia, países que têm menos de dez balcões por 100 mil adultos.
A digitalização na banca, como noutros setores, é um dado adquirido. No entanto, o compromisso de manter o modelo presencial em certa medida facilita a adaptação aos diferentes segmentos da população que não estão familiarizados com a digitalização.
Um relatório da empresa de consultoria Kearney sobre o setor bancário na era pós-Covid assinala que a crescente adoção da banca online, alimentada pela pandemia, tornou o banco tradicional menos relevante para os clientes e prevê que o número de agências continuará a diminuir porque os utilizadores irão cada vez menos a agências.
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