Lula pede a Macron para aceitar acordo UE-Mercosul em seis meses

  • Lusa
  • 5 Junho 2025

"Quero dizer-lhe que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a UE. Por isso, caro Macron, abra um pouco o seu coração para esta possibilidade", disse Lula.

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, instou esta quinta-feira o homólogo francês, Emmanuel Macron, a aceitar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul em seis meses.

Assumo a presidência do Mercosul a 06 de junho, por seis meses. Quero dizer-lhe que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a UE. Por isso, caro Macron, abra um pouco o seu coração para esta possibilidade de concluir este acordo”, disse Lula da Silva numa conferência de imprensa conjunta no Palácio do Eliseu, em Paris.

Segundo o Presidente brasileiro, o acordo será “a melhor resposta” dos dois países perante o “contexto de incerteza criado pelo regresso do unilateralismo e do protecionismo tarifário”, porém Paris opõe-se à forma atual do texto, algo que foi reiterado pelo Presidente francês.

O acordo com o bloco que integra Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai deve permitir à UE exportar mais automóveis, máquinas e bebidas espirituosas, em troca da entrada de carne, açúcar, arroz, mel ou soja sul-americanos, sendo apoiado por países como a Alemanha e a Espanha, mas contestado por vários países europeus.

Embora França seja a favor de acordos de comércio livre de uma forma “justa” e, por isso, favorável a negociar, tal como aconteceu com o pacto entre a UE e o Canadá, para Macron “este acordo, no momento estratégico que se vive, é bom para muitos setores, mas representa um risco para a agricultura dos países europeus”.

“Proibimos os nossos agricultores de utilizar certos componentes, pedimos-lhes que mudassem as suas práticas e isso é bom. (…) Mas os países do Mercosul não estão de todo ao mesmo nível regulamentar. Portanto, há claramente uma diferença importante que não é uma diferença de competitividade, de especialidade, mas de normas”, explicou Macron, exigindo “cláusulas de salvaguarda e cláusulas-espelho” no acordo.

Por essa razão, solicitou uma cláusula recíproca para aplicar as mesmas normas fitossanitárias em ambos os blocos e uma cláusula-travão para paralisar uma parte do acordo se um determinado setor for desestabilizado por uma concorrência considerada desleal.

Para o chefe de Estado francês, o acordo tem de ser melhorado para não destruir a agricultura europeia e defender o clima, insistindo que os próximos seis meses servirão para “melhorar” o pacto, que já foi assinado pela Comissão Europeia. “Temos seis meses para melhorá-lo, com cláusulas recíprocas, porque o acordo tal como está não é bom para o clima nem justo” para os agricultores, por não mostrar coerência com as ambições francesas e europeias, acrescentou Macron.

Por outro lado, o Presidente brasileiro esforçou-se por explicar que “não há um país [como o Brasil] que faça mais a favor do clima” e salientou que é necessário explicar a todos os setores, incluindo o da agricultura, os benefícios do acordo entre a UE e o Mercosul, mostrando-se disposto a conversar com os agricultores franceses para lhes mostrar as vantagens do acordo.

“Todos sabem que se o Brasil quiser entrar nos mercados europeus, no mercado americano ou noutro mercado, temos que ter responsabilidade. Uma coisa é produzir internamente, outra coisa é produzir para fora e, mesmo internamente, duvido que haja vigília mais importante do que a nossa na questão sanitária”, reiterou Lula da Silva.

No ano passado, a França viveu uma grande onda de manifestações por parte dos agricultores, insatisfeitos com os acordos de livre comércio por estarem sujeitos a normas mais rigorosas do que os agricultores do Mercosul. Durante o primeiro dia da visita de Estado do Presidente brasileiro a França, a convite de Macron, Lula da Silva assinou 20 atos bilaterais nas áreas de vacinas, segurança pública, educação e ciência e tecnologia.

Além disso, Lula da Silva participará em atividades ligadas à Temporada França-Brasil e receberá na sexta-feira o título de Doutor Honoris Causa na Universidade Paris 8, antes de se deslocar para a terceira conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em Nice e para Lyon.

Esta é a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro a França em 13 anos. A última aconteceu no mandato de Dilma Rousseff em 2012. Como homenagem, a Torre Eiffel deverá iluminar-se de amarelo e verde esta noite.

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Mais de 100 militantes desvinculam-se do BE e acusam direção de “práticas que envergonhariam muitos patrões”

  • ECO
  • 5 Junho 2025

Subscritores de carta acusam a direção do partido de tratar trabalhadores com "práticas que envergonhariam muitos patrões", acrescentando que o caso das aleitantes despedidas “não é único”.

Mais de uma centena de militantes do Bloco de Esquerda (BE) do distrito de Santarém desvincularam-se do partido, avança esta quinta-feira o Expresso.

Em carta enviada ao jornal, os subscritores protestam contra a atual direção, que “nunca assume a responsabilidade pelas sucessivas derrotas eleitorais“, e queixam-se que o partido se afastou “da opção de construir um forte polo à esquerda, alternativo ao rotativismo do bloco central”.

Os militantes acusam ainda a direção de deslizar “placidamente para o velho centralismo democrático, castrador e sem democracia”, e de tratar trabalhadores do partido com “práticas que envergonhariam muitos patrões”, acrescentando que “o caso das aleitantes não é único”.

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Cegid reúne 800 parceiros com aposta em IA na contabilidade no centro da estratégia

  • Rita Atalaia
  • 5 Junho 2025

A empresa que presta soluções para profissionais das áreas financeira, contabilidade, recursos humanos e retalho apresentou a estratégia futura aos seus parceiros em Portugal e África.

A Cegid apresentou a sua estratégia futura em Portugal e África a cerca de 800 parceiros. A inteligência artificial (IA) é a grande aposta, continuando a investir no desenvolvimento de agentes inteligentes na área de contabilidade e processamento de salários, de maneira a automatizar ainda mais os processos de registo e análise de dados.

No Cegid Partner Summit, a empresa conduziu os parceiros responsáveis pela comercialização, implementação e integração das suas soluções de software de gestão empresarial “pela estratégia de futuro da marca nos mercados português e africano, onde a IA será o grande fator de diferenciação, num portefólio amplificado com as soluções PHC e que, muito em breve, verá os agentes inteligentes Cegid Pulse integrados dentro de todas as soluções cloud“, indica a empresa num comunicado divulgado esta quinta-feira.

“A IA foi o tema dominante durante toda jornada, onde foi possível assistir a alguns exemplos de interação dos agentes inteligentes desenvolvidos com AI generativa, Cegid Pulse, nas soluções de Contabilidade Online – Cegid Business – e de faturação online – Cegid Vendus”, acrescenta a Cegid, afirmando que, num futuro próximo, estes agentes terão autonomia para colaborar entre si nas áreas da faturação, gestão de fornecedores, compras e inventário, através de comandos de voz e texto.

A Cegid garantiu aos parceiros que vai “continuar a investir no desenvolvimento de agentes inteligentes na área de contabilidade, processamento de salários com o objetivo de automatizar ainda mais os processos de registo, reconciliação e análise de dados”.

“Toda a estratégia de IA da Cegid estará centrada no Centro de Inteligência Artificial localizado em Portugal e a partir do qual se desenvolve inteligência artificial para os países onde a marca está presente”, sublinhou, anunciando ainda um novo “Cegid Partner Program” para 2026, com foco no reforço de competências e na certificação. Atualmente, o canal de parceiros da Cegid conta com 3.000 profissionais certificados, com cerca de 14.000 certificações ativas.

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INEM prepara cenários alternativos caso não entre em vigor em julho contrato de helicópteros

  • Lusa
  • 5 Junho 2025

O INEM garantiu que tem cenários alternativos para a eventual impossibilidade de o contrato para os quatro helicópteros de emergência médica entrar em vigor em 1 de julho.

O INEM garantiu que tem cenários alternativos para a eventual impossibilidade de o contrato para os quatro helicópteros de emergência médica entrar em vigor a 1 de julho, por falta de visto do Tribunal de Contas.

“Estes cenários podem passar pelo recurso ao atual operador ou a outros que reúnam as condições exigidas pelo INEM”, explica o Instituto Nacional de Emergência Médica numa resposta à agência Lusa, na sequência do alerta do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) de que os helicópteros não estarem operacionais em julho.

O INEM recordou que o concurso público internacional para contratação do serviço de helicópteros de emergência médica do INEM foi adjudicado à empresa Gulf Med Aviation Services Limited no passado dia 26 de março de 2025, após procedimento conduzido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

“O processo encontra-se em fase de fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas, com vista à obtenção de visto, sem o qual o contrato não pode entrar em execução”, sublinha o INEM. Em relação a eventuais penalidades, o INEM esclarece que “as mesmas serão aplicadas quando previstas contratualmente”.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) alertou hoje para o risco real dos quatro helicópteros do INEM não estarem operacionais a 01 de julho e exigiu “garantias imediatas” sobre aeronaves, pilotos e plano de transição.

“A menos de um mês do início do novo contrato de concessão do serviço de helicópteros de emergência médica, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil vem alertar publicamente para o risco real de o sistema não estar operacional a partir de 01 de julho de 2025”, salienta em comunicado.

Segundo o contrato celebrado entre o Estado, através do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), e a empresa GulfMed Aviation, deverão estar operacionais quatro helicópteros H145 D3 com tripulações certificadas, incluindo pilotos fluentes em português.

Porém, o SPAC diz ter “conhecimento de múltiplas falhas no cumprimento destes requisitos”.

“Queremos genuinamente estar enganados, mas os sinais indicam que nem os helicópteros foram entregues, nem os pilotos estão certificados para iniciar funções. A transição entre operadores está mal preparada — e quem corre risco é o cidadão que pode precisar de socorro”, alerta o presidente do SPAC, Hélder Santinhos, citado no comunicado.

O concurso público internacional para contratação do serviço de helicópteros de emergência médica do INEM foi adjudicado à empresa Gulf Med Aviation Services Limited, com sede em Malta, por cerca de 77,4 milhões de euros.

A empresa vai operar quatro helicópteros em regime de 24 horas, assegurando a emergência médica por via aérea até 2030. A empresa vencedora tem até 01 de julho para colocar os helicópteros ao serviço do INEM.

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GPA promove sete advogados a associados coordenadores e associados principais

A Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados anuncia que promoveu sete dos seus advogados, passando a ter, na equipa, mais quatro associados coordenadores e mais três associados principais.

A Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados, liderada por Sofia Gouveia Pereira, anuncia que promoveu sete dos seus advogados, passando a ter, na equipa, mais quatro associados coordenadores e mais três associados principais.

Marta Resende Santos, Susana Anacleto Neto, Verónica Santos e Victor Hugo Finizola são os novos associados coordenadores. Ana Rafaela Balas, Diana Morgado Pinto e Teodora Stamenova passam à categoria de associados principais.

Sofia Gouveia Pereira, managing partner da GPA, salienta que “É um enorme orgulho testemunhar o percurso profissional de cada um dos advogados promovidos, marcado não só pela excelência e rigor técnicos, mas também pelo forte contributo que dão para a preservação da cultura e valores da GPA. Comemoramos, em 2025, 20 anos no mercado da advocacia portuguesa, com uma forte aposta no crescimento sustentado, privilegiando a formação, desenvolvimento profissional e premiando o mérito, dedicação e empenho dos nossos advogados e colaboradores. Os advogados promovidos reforçam as áreas de Ambiente & Clima, Comercial, Contencioso, Corporate & Governance, ESG, Laboral e Público. Em nome de toda a equipa, desejo o maior sucesso para esta nova etapa!”

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Lagarde afasta rumores sobre saída antecipada do BCE: “Estou determinada a completar o meu mandato”

A presidente do BCE esclareceu que vai completar o mandato no BCE, que termina em 2027, afastando rumores sobre uma saída antecipada para liderar o Fórum Económico Mundial

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, foi questionada esta quinta-feira sobre relatos de que estaria a preparar-se para assumir a liderança do Fórum Económico Mundial (FEM), tendo sido clara: vai ficar na liderança da instituição monetária até ao final do mandato, que termina em 2027.

Estou e estive sempre completamente determinada em cumprir a missão“, referiu Lagarde, praticamente no início na conferência de imprensa após o Conselho do BCE ter anunciado mais um corte de 25 pontos base nas taxas de juro, o sétimo seguido e o oitavo num ciclo que se iniciou há um ano.

“Estou determinada a completar o meu mandato no BCE”, acrescentou a francesa.

Segundo o fundador do FEM, que foi afastado dos comandos da organização após denúncias anónimas sobre conduta irregular, a transição entre cargos foi discutida com a própria Lagarde num encontro em abril em Frankfurt.

Em entrevista ao Financial Times no final de maio, Klaus Schwab disse que essa reunião com a francesa serviu “para discutir a transição de liderança” no FEM, ficando Schwab como chairman até Lagarde “estar pronta para assumir o cargo, o mais tardar, no início de 2027”.

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ChatGPT já consegue aceder a serviços como OneDrive e Google Drive

  • Lusa
  • 5 Junho 2025

A OpenAI lançou novos conectores que permitem ao 'chatbot' aceder a dados alojados em serviços de terceiros, como o OneDrive e o Google Drive.

A OpenAI quer que o ChatGPT ajude empresas a desenvolver uma base de conhecimento versátil, através de novos conectores, que dão acesso a dados de terceiros, como OneDrive e Google Drive, sem sair do chatbot, segundo a tecnológica.

A empresa de tecnologia refere que as organizações têm uma riqueza de conhecimentos, que estão “muitas vezes presas”, o que significa que a informação que cada departamento tem está limitada a esse departamento e não pode ser partilhada com outros.

Para “desbloquear” esta situação, a empresa anunciou os conectores, um conjunto de integrações que permitem ter acesso aos dados coletivos da uma empresa.

Os conectores estão disponíveis com Dropbox, Box, SharePoint, OneDrive e Google Drive e podem ser utilizados para encontrar dados detalhados de ferramentas de terceiros sem sair do ChatGPT, afirma a empresa num comunicado citado pela agência de notícias.

A nova funcionalidade vai permitir que um agente de inteligência artificial (IA) efetue uma investigação em várias etapas para tarefas complexas, recolhendo, sintetizando e apresentando informações de ferramentas de terceiros e disponíveis online.

De acordo com a empresa, isto possibilita que os dados externos sejam combinados com os conhecimentos internos da empresa para gerar um conjunto mais completo de conclusões.

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Lagarde explica 7.º corte seguido de juros. Acompanhe aqui

Presidente do Banco Central Europeu vai falar sobre o novo corte nas taxas de juro e a atualizações das projeções da instituição para a inflação e o crescimento num contexto de incerteza global.

A travagem da inflação, os impactos da guerra comercial na economia da Zona Euro vão estar em foco na conferência de imprensa de Christine Lagarde depois de o Conselho do Banco Central Europeu ter cortado as taxas de juros em 25 pontos base pela sétima vez seguida (e a oitava no total desde que iniciou o ciclo de descidas há um ano).

Veja aqui em direto:

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Castelo Branco dá vida digital ao comércio local

  • Lusa
  • 5 Junho 2025

A Câmara de Castelo Branco e a ACICB estão a desenvolver uma plataforma digital gratuita que visa criar oportunidades de vendas aos comerciantes dentro e fora da região.

A Câmara de Castelo Branco e a Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (ACICB) estão a desenvolver uma plataforma digital gratuita que visa criar oportunidades de vendas aos comerciantes dentro e fora da região.

Segundo o município de Castelo Branco, a plataforma digital “Bairro Comercial – Castelo Branco” é um conceito inovador e gratuito, pensado para destacar os comerciantes locais e o que de melhor se faz no concelho.

Trata-se de um projeto que resulta de uma parceria estratégica entre a Câmara Municipal de Castelo Branco e a ACICB.

“A plataforma valoriza três zonas chave: mercado municipal, ruas comerciais tradicionais e avenidas centrais [de Castelo Branco], e oferece aos comerciantes uma loja virtual personalizada, apoio técnico e formação gratuitos, divulgação e campanhas conjuntas e participação em eventos de dinamização local”, explicou a autarquia.

Segundo a consultora técnica da plataforma, Rita Encarnação, o “Bairro Comercial Digital” partiu de uma estratégia de revitalização do centro urbano da cidade de Castelo Branco.

“Pretende fazer face ao contexto atual do comércio local, a concorrência crescente do comércio digital, comércio local com dificuldades em se adaptar e inovar, mudança nos hábitos de consumo, perda de dinamismo e de presença no centro urbano”, sustentou.

Trata-se de um ‘site’ de ‘marketplace’ dirigido a todos os comerciantes, produtores e prestadores de serviços do município que pretendam modernizar o seu negócio, aumentar a sua visibilidade e fazer parte de uma nova dinâmica para o comércio local.

As principais vantagens em aderir são ter uma presença digital personalizada, maior visibilidade e alcance, divulgação em campanhas conjuntas, apoio técnico gratuito na criação e gestão do perfil e valorização do comércio tradicional com ferramentas digitais.

De acordo com a autarquia, o processo de adesão é simples e gratuito, através de um formulário de inscrição online, sendo disponibilizado acompanhamento técnico dedicado e contactos para apoio.

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BCE volta a cortar taxas de juro em 25 pontos base. Facilidade de depósito desce para 2%

Sétimo corte seguido no custo do euro pode ser o último antes de o banco central fazer uma pausa em julho. BCE vê agora meta de 2% para inflação a ser atingida já este ano.

O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) voltou esta quinta-feira a cortar as taxas de referência em 25 pontos base, numa decisão que era esperada pelos investidores e analistas. É a sétima vez consecutiva (e a oitava num ciclo que começou há um ano) que a autoridade da política monetária liderada por Christine Lagarde corta o custo do euro.

A decisão, anunciada pelo Conselho do BCE em Frankfurt, na Alemanha, reduz a taxa de juro da facilidade permanente de depósito para 2%, o nível mais baixo desde dezembro de 2022. Este é o meio do intervalo 1,75%-2,25% que o banco central definiu como “neutro”, não impulsionando nem restringindo a atividade económica.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e a taxa de juro da facilidade permanente de cedência marginal de liquidez fixam-se em 2,15% e 2,40%, respetivamente.

Meta da inflação atingida este ano

Em comunicado, o BCE explicou que “a decisão de reduzir a taxa de facilidade de depósito — a taxa através da qual o Conselho do BCE guia a orientação da política monetária — baseia-se na sua avaliação atualizada das perspetivas de inflação, na dinâmica da inflação subjacente e na força da transmissão da política monetária”.

A inflação situa-se atualmente em torno da meta de médio prazo de 2% do Conselho do BCE, recordou.

O staff do banco central atualizou as projeções macroeconómicas face às que tinha divulgado em março, ou seja, ainda antes do anúncio das tarifas do Dia da Libertação de Trump. O BCE projeta agora inflação de 2% para este ano face à projeção anterior de 2,3%. Para 2026 e 2027 projeta aumentos de preços em termos homólogos de 1,6% e 2% respetivamente (quando em março previa 1,9% e 2%).

“As revisões em baixa em relação às projeções de março, de 0,3 pontos percentuais tanto para 2025 como para 2026, refletem principalmente pressupostos mais baixos para os preços da energia e um euro mais forte“, sublinhou o BCE. O banco central prevê que a inflação excluindo energia e alimentos atinja uma média de 2,4% em 2025 e 1,9% em 2026 e 2027, praticamente inalterada desde março.

Em relação ao crescimento económico na Zona Euro, o banco central manteve a projeção para este ano de 0,9%, mas cortou para 1,1% em 2026 (de 1,2%) e manteve os 2% em 2027.

“A projeção de crescimento não revista para 2025 reflete um primeiro trimestre mais forte do que o esperado, combinado com perspetivas mais fracas para o resto do ano“, vincou. “Embora se espere que a incerteza em torno das políticas comerciais pese sobre o investimento empresarial e as exportações, especialmente a curto prazo, o aumento do investimento público na defesa e nas infraestruturas irá apoiar cada vez mais o crescimento a médio prazo”.

De acordo com a análise de cenários do BCE, uma nova escalada das tensões comerciais nos próximos meses resultaria num crescimento e numa inflação abaixo das projeções de base. Mas, “em contrapartida, se as tensões comerciais fossem resolvidas com um resultado benigno, o crescimento e, em menor grau, a inflação seriam superiores às projeções de base”.

O Conselho do BCE reafirmou que está determinado a garantir que a inflação se estabilize de forma sustentável no seu objetivo de médio prazo de 2%.

Especialmente nas atuais condições de incerteza excecional, seguirá uma abordagem dependente dos dados e reunião a reunião para determinar a orientação adequada da política monetária”, salientou.

(Notícia atualizada com mais informação às 13h33)

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Buscas na câmara de Bragança motivadas por suspeitas de fraude com fundos europeus

Suspeitas de fraude estão relacionadas com a construção da zona industrial, no mandato de Hernâni Dias. Além das buscas à câmara, PJ fez ainda 10 buscas domiciliárias e a duas empresas em investigação

A Procuradoria Europeia confirmou que as buscas realizadas esta quinta-feira na Câmara Municipal de Bragança foram motivadas por suspeitas de fraude com fundos europeus, associadas à construção da zona industrial, uma empreitada realizada durante o mandato de Hernâni Dias, que depois ocupou o cargo de secretário de Estado, no Ministério da Coesão, que tem a tutela dos fundos europeus. Factos em investigação “são passíveis de enquadrar a prática de crimes de fraude“.

“No âmbito de um inquérito conduzido pelo gabinete da Procuradoria Europeia no Porto (Portugal), realizaram-se ontem buscas na cidade de Bragança, por suspeitas de fraude com fundos europeus associada à construção da zona industrial daquela cidade”, adiantou a Procuradoria Europeia em comunicado, onde explica ainda que “a Polícia Judiciária efetuou buscas na autarquia, além de dez buscas domiciliárias e duas em empresas sob investigação“.

Segundo o mesmo comunicado, “as buscas estão relacionadas com projetos para a construção da zona industrial de Bragança, financiados com fundos europeus no valor de 3,4 milhões de euros”.

A Procuradoria Europeia diz que “os factos em investigação são passíveis de enquadrar a prática de crimes de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio, prevaricação, violação de regras urbanísticas e corrupção“.

Recorde-se que em novembro do ano passado veio a público que, na empreitada da nova zona industrial existiram trabalhos faturados mas não executados no valor de mais de 800 mil euros, assim como houve obras que não estavam previstas e foram executadas mas não foram faturadas.

Naquela altura, o ex-presidente da câmara, Hernâni Dias, explicou que tudo se tratou de uma falha administrativa. Ou seja, não se passou para o papel aquilo que aconteceu entre trabalhos que não foram feitos mas se faturaram e os que foram feitos e não se faturaram.

A investigação encontra-se em curso, “visando esclarecer os factos e determinar a eventual ocorrência de infrações criminais”, acrescenta o mesmo comunicado.

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Bruxelas tem um novo sistema para monitorizar desvios de comércio

Sistema que irá vigiar os fluxos de comércio de modo a antecipar quantidades significativas de mercadorias que não podem entrar noutros mercados devido a tarifas e são desviados para a UE.

A Comissão Europeia criou um novo instrumento de vigilância para ajudar a proteger o bloco contra aumentos súbitos e potencialmente perturbadores das importações, numa altura de elevada incerteza na política comercial mundial. O objetivo passar por evitar o desvio prejudicial do comércio ao monitorizar os fluxos das mercadorias de modo a tomar medidas rápidas.

O novo sistema insere-se na iniciativa da presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, de criar um grupo de trabalho para a monitorização das importações, de modo a proteger os mercados e as indústrias da União Europeia (UE), na sequência dos desafios colocados pelo desvio do comércio, sobretudo com a recente turbulência no sistema comercial mundial.

A Comissão Europeia avançou esta quinta-feira com a criação do sistema que irá “vigiar” os fluxos de comércio de modo a antecipar eventuais quantidades significativas de mercadorias que não podem entrar noutros mercados devido a direitos aduaneiros elevados e outras restrições e que sejam redirecionadas para a UE.

“Ao fornecer informações baseadas em factos com base em dados aduaneiros, o instrumento de vigilância permitirá à Comissão identificar rapidamente esses aumentos súbitos de importações e tomar medidas rápidas e eficazes para proteger o mercado da UE contra impactos adversos”, explica o executivo comunitário em comunicado.

Para reforçar a iniciativa, a Comissão convida os fabricantes da UE, as associações industriais e os Estados-membros a analisarem as tendências de importação disponíveis no site deste instrumento e a contribuírem com mais informações sobre o mercado e dados sobre a situação económica da indústria. “Isto irá ajudar ainda mais a Comissão a identificar produtos específicos que possam estar em risco devido a aumentos significativos das importações”, explica.

Os dados dão origem a uma lista atualizada mensalmente que identifica produtos em causa. A mais recente, datada de 25 de maio, revela uma lista de 56 produtos, entre os quais mercadorias cuja quantidade que chega à UE supera os 1000% face a igual período do ano passado. Entre estes destacam-se barras e vergalhões de aço inoxidável, madeira laminada folheada, bebidas destiladas com mais de dois litros ou linhaça para semear.

O grupo de trabalho criado por von der Leyen já tinha desenvolvido um painel interno, que monitoriza as importações para a UE e, através de análises estatísticas, identifica também produtos que registaram um aumento potencialmente prejudicial das importações. Centrando-se no período desde 1 de janeiro de 2025, o grupo de trabalho irá continuar a acompanhar de forma contínua as importações e outros indicadores, publicando regularmente os resultados.

Além disso, “a Comissão está a estabelecer um diálogo com a China para acompanhar eventuais desvios comerciais e assegurar que quaisquer desenvolvimentos notáveis sejam devidamente tidos em conta”, assinala.

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