Cada um por todos

Acredito, muito, na cooperação construtiva de todos os stakeholders da Indústria dos Eventos, sejam privados ou públicos e no movimento associativo, como a forma correta de promover o destino Portugal e alavancar a nossa atividade.

Assim, após dois anos de muitas dificuldades, encontramo-nos agora num período de retoma da atividade, onde apesar do grande fulgor do momento (com indicadores a apontar para níveis de atividade superiores a 2019), vivemos ainda com uma “nuvem” de incerteza no horizonte, seja por desconhecermos o que a pandemia possa ainda trazer no próximo inverno, seja pelo agravamento das condições de segurança global, com a guerra na Ucrânia bem como os seus impactos na economia onde a falta de mão-de-obra e as dificuldades crescentes nas cadeias de abastecimento de matérias-primas e produtos, provocam um agravamento generalizado dos preços.

Apesar deste contexto, penso que existe uma oportunidade única para continuar a reafirmar Portugal como um destino de excelência, apostando na sustentabilidade e diversidade como fatores diferenciadores, e consolidar, assim, o crescimento do nosso país nos rankings Internacionais. Lisboa manteve o 2º lugar Mundial no Ranking da ICCA – International Conference and Convention Association – posição que já tinha alcançado em 2019 – e Portugal o 7º lugar, existindo ainda uma subida generalizada das restantes cidades do país.

Tudo isto é e terá que ser, cada vez mais, fruto de uma atuação concertada, atraindo para o país as grandes conferências associativas, mas também de grandes eventos que reforcem a notoriedade e o posicionamento da marca Portugal.

Ainda esta semana recebemos em Lisboa, na Altice Arena, o Associations World Congress 2022, promovido pela AAE – Association of Associations Executives, que, por iniciativa da Altice Arena e dos seus parceiros privados, trouxe ao nosso país cerca de 200 executivos de topo de associações e ordens internacionais responsáveis por realizar milhares de eventos anualmente. Estes executivos puderam, durante três dias, participar em ações de formação e conhecer as condições e potencialidades do nosso destino, dos nossos equipamentos e dos nossos profissionais.

Outro bom e recente exemplo é a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, Lisboa 2022. Com a participação de 143 países e centenas de ONG’s e empresas ligadas à Economia Azul, este evento transformou Lisboa, durante uma semana, na capital Mundial dos assuntos do Mar e do ODS 14 – Life Below Water.

A declaração saída da Conferência de Lisboa será certamente um dos documentos mais importantes ligados à política do Mar das últimas décadas. Não consigo imaginar melhor “push” reputacional para Portugal.

Só atuando em conjunto e de forma coordenada será possível alavancar cada passo que damos para benefício de todos, num círculo virtuoso onde tem que ser “Cada um por Todos”. Essa estratégia global para a Indústria dos eventos é essencial para que se atinja o sucesso.