Cedeu à nova tradição de Natal?

Poupar dinheiro, oferecer produtos de luxo a um preço mais acessível e em tempo de festas, ter uma preocupação mais sustentável são apontadas como razões para o aparecimento da tendência.

Durante anos, houve uma tradição de Natal que ninguém falava, mas que todos sabiam. Até as próprias marcas. Tradição, mito ou verdade, acredita-se que durante várias gerações aquela garrafa de Vinho do Porto que recebíamos na noite de Natal, já tinha passado por outra, ou outras casas. Oferecer o que nos ofereciam, #quemnunca?

Os tempos são outros, novas gerações chegaram ao mercado com uma nova atitude e com elas surge uma nova tradição – pelo menos já expressiva nos lares norte-americanos: oferecer produtos em segunda mão.

Segundo um estudo da Deloitte, como reflexo do crescimento dos re-sale sites e do interesse das marcas em acrescentar mais valor aos produtos, cerca de 30% dos norte-americanos inquiridos irá oferecer produtos em segunda mão neste Natal. E claro, os jovens lideram a tendência.

Mais de 60% da Geração Z respondeu que planeia oferecer um presente em segunda mão e 43% dos Millennials também. Já entre gerações como a X, os boomers e os seniores os números variam entre os 13% e os 9%.

Com cada vez mais adeptos, entre marcas e consumidores, o mercado também conhecido como Pre-Loved está a obrigar as empresas a repensarem as suas estratégias. Até no Natal, uma das épocas de consumo por excelência, com as estimativas a apontarem que este mercado valerá mais de 23 mil milhões de dólares, dentro de três anos.

E qual a razão para esta nova tendência? Poupar dinheiro, oferecer produtos de luxo a melhor preço e ter, em tempo de festas, um foco e uma preocupação mais sustentáveis. Numa altura, como apontou recentemente a WARC, em que vemos em crescimento plataformas que funcionam como marketplaces e que estão a acompanhar os novos comportamentos de compra. Exemplos como a Depop, com curadoria de roupa em segunda mão ou a Yerdle que já trabalha diretamente com marcas, dando garantias – até ambientais – aos jovens consumidores.

Se é uma tradição que veio para ficar, ou se alguma vez chegará a ser tendência por cá, só nos resta esperar. Ou tirar a nossa própria conclusão no próximo dia 25 de dezembro.

Boas Festas.

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