O Parlamento limitou o direito de voto a centenas de milhares de eleitores, contra a Constituição, e o Presidente assistiu a tudo sem mexer um dedo.
Como é que a 11 dias de um acto eleitoral um país resolve o problema do exercício de voto dos eleitores que estão em isolamento obrigatório? É simples. Nada de soluções complexas, planeadas e organizadas como aconteceu em tantos países desde o início da pandemia: mais dias de votação, voto por correspondência, voto em casa possível para todos, “drive thru” eleitoral ou desfasamento horário para cidadãos em isolamento. Tão simples quanto isto: todos os que quiserem fazê-lo vão votar presencialmente e não se fala mais nisso. Tomem cuidado, protejam-se, respeitem as regras sanitárias mas vão votar. De caminho coloca-se a directora-geral de Saúde a dizer que “votar é um acto seguro” e está o assunto resolvido. Está? Não, não está. Claro que a 11 dias do acto eleitoral esta era a única saída