Com a economia a ganhar velocidade, é altura de os bancos centrais tirarem o pé do acelerador e normalizarem as taxas de juro.
O regresso de forças inflacionistas vai marcar o debate macroeconómico nos próximos anos. Até recentemente, o único sinal visível de inflação que se observava consistia no crescimento dos preços dos activos financeiros. A valorização das bolsas mundiais e a apreciação dos preços das casas, um pouco por todo o mundo, estavam (e estão) largamente associadas à política monetária dos bancos centrais. Através da redução das taxas de juro para níveis próximos de zero, e das suas compras de activos financeiros, os bancos centrais criaram, por um lado, a procura de terceiros por rentabilidades não-nulas e, por outro, criaram também a oferta adicional de liquidez que antes inexistia de forma tão expressiva. Todavia, esta política monetária acomodatícia, intrinsecamente inflacionista, foi também
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