Oráculo de Belémpremium

O Primeiro-Ministro é um instrumento da maioria absoluta e sem ele a maioria absoluta colapsa na ilegitimidade política. É como se um prisioneiro pudesse imaginar a vida.

A tomada de posse do Governo parecia um velório. Os discursos difundiam-se no eco do palácio como uma oração fúnebre. Tal a solenidade funesta que a política fez uma aparição transparente como um espectro do outro mundo. Percebe-se que a sessão serviu para encerrar um período de instabilidade, ao qual se seguiu a longa espera em que o País esteve sem Governo e viveu feliz. Mas tudo tem um limite, mesmo para além das observações de quem cumprimentou quem, se cumprimentou com frieza ou entusiasmo, com prazer ou desdém, desprezo ou ressentimento. A sessão solene teve a solenidade do Estado Novo, o que muito diz do Portugal contemporâneo.Na Assembleia da República o primeiro dia de escola foi a novidade para os novos alunos e a rotina enfadonha para os veteranos eternos com lugar cativo no

Assine para ler este artigo

Aceda às notícias premium do ECO. Torne-se assinante.
A partir de
5€
Veja todos os planos

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.