Editorial

Rendeiro “condenou” a justiça sem direito a recursopremium

João Rendeiro fugiu, mas há pior, uma justiça que não fez o seu trabalho e cria um sentimento de impunidade na sociedade.

Atingimos o grau zero da credibilidade da justiça e os portugueses sentirão, muito legitimamente, que vivemos numa república das bananas: João Rendeiro fugiu para um país sem acordo de extradição com Portugal para evitar o cumprimento de uma pena de prisão efetiva com a conivência da própria justiça e em vésperas de transitar em julgado uma condenação a mais de cinco anos de prisão. Não é a primeira vez que um condenado foge à justiça, cito de memória Pedro Caldeira, Fátima Felgueiras ou Vale e Azevedo. Cada caso é um caso, e a decisão de fuga responsabiliza, em primeiro lugar, os próprios. Mas há casos, como o de Rendeiro e do BPP, em que a justiça tinha informação suficiente para evitar esse risco. E não só o evitou como foi cúmplice de uma saída legal do país, para Londres. João

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