“Sexo. Drogas. E o novo Minibar”

É certo que o dia dos namorados foi a semana passada. Mas não quis estragar o romantismo. Porque o futuro vem sem jantares à luz de velas.

O título do artigo é de Sheila Marikar e foi publicado na The New Yorker. Já o artigo resulta de um encontro recente entre profissionais de marketing e diferentes players da indústria da hospitalidade, que se juntaram para analisar e discutir os resultados de um estudo feito em parceria entre a Mr & Mrs Smith (um serviço de booking no negócio dos boutique-hotel) e a agência de tendências – The Future Laboratory.

Qual é afinal o futuro das viagens românticas? Foi a grande questão que ocupou os participantes, na semana em que tanto se falou (e comunicou) o tema do amor. E para quem apenas tem oportunidade de ler alguns artigos – como eu, e não de estar presente a ouvir a discussão, aqui ficam algumas respostas:

1 – O futuro não será sobre um novo conceito de hotel;

2 – Não será sobre viagens à Lua ou a Marte.

O futuro será aquilo que apresentaram como: “We’re celebrating the great British dirty weekend”. Ou seja, viajar com quem se ama, dentro ou fora do casamento! We’re not worried about who you are, what you are.” Começamos a perceber melhor o sentido do título?

Quanto aos hotéis ficou o recado: na decoração menos frufrus; nas camas mais qualidade; e nas casas de banho chega de sabonetes e dispensadores de plástico para deitar fora: Aesop e Malin, foram exemplos apontandos, ou LA-EVA acrescento eu, com os seus dispensadores em vidro e recarregáveis.

O relatório do Future Laboratory de 47 páginas (com entrevistas a especialistas na área das viagens e que tocam em temas como marijuana, sexo…) traz um novo termo à indústria: “the Transformative Twenties.” Vamos viver então uma década de transformações na indústria, e entre as tendências com potencial de crescimento parecem estar projetos como “Enlarge Your Paris Project”, que nos leva a descobrir locais menos conhecidos; as Flexecutives que se ligam aos peakends; e, segundo o mesmo relatório apresentado, os hóspedes vão esperar cada vez mais que os hotéis lhes proporcionem experiências de voluntariado, o consumo de CDB ou até a participação em threesomes… em todos os seus sentidos.

Como se lê nos artigos sobre o evento, acabam-se os jantares à luz de velas e chegam os quartos com luz biometrically responsive. E chegam também novos vocábulos à indústria do turismo: “nuptial nomadism,” “polycule peregrinations,” “self-romance,” e “buddymoons“Sexual wellness becoming a thirty-two-billion-dollar industry?” refere no seu artigo Sheila Marikar.

E quanto ao Minibar do futuro? O CEO da Maude lubricant terá dito: “We have a product for sleep, and we have a product for sex. Imagine, in your minibar, you had a ‘Love’ chocolate and a ‘Midnight’ chocolate. Those are the two things we want when we’re in a hotel room: either sex or a good night’s sleep.”

Mais ou menos romântico? Mais ou menos realista? É essa a função dos Trends Reports… deixar-nos a pensar, contribuir com insights para um futuro muitas vezes já presente…

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

“Sexo. Drogas. E o novo Minibar”

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião