PS não descarta inquérito parlamentar mas diz que ainda não há informação suficiente
O deputado João Paulo Correia entende que ainda não há informação suficiente para dar esse passo.
João Paulo Correia entende que ainda não há informação suficiente para perceber se é ou não necessário “avançar com um inquérito parlamentar”, mas não fecha essa porta. O deputado socialista reagia assim a notícia do Público, que esta terça-feira indicou que o Fisco não controlou transferências para offshores no valor de dez mil milhões de euros entre 2011 e 2014.
“Temos de ser responsáveis no trabalho parlamentar que fazemos. Não podemos andar a anunciar todos os dias inquéritos parlamentares. Isto é confuso e polui o ambiente político”, afirmou o deputado em declarações aos jornalistas no Parlamento, transmitidas pela SIC Notícias.
Se a “informação que o atual Governo nos vai dar acerca daquilo que encontrou da administração tributária e aquilo que nos vai dizer o anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, do anterior Governo PSD/CDS, for insuficiente ou for de facto demasiado grave para passar só pela apreciação política, não podemos fechar essa porta. Mas, neste momento, não temos informação suficiente, nenhum grupo parlamentar tem informação suficiente, para dizer que é necessário ou não avançar com um inquérito parlamentar”, acrescentou.
O deputado frisou que o PS já apresentou uma “primeira proposta” para ouvir o atual Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, para “posteriormente confrontar o anterior” governante, Paulo Núncio.
Ao ECO, José Azevedo Pereira, que liderou a administração fiscal entre 2007 e julho de 2014 já afirmou ao ECO que “a Autoridade Tributária efetuou em devido tempo, quer o tratamento e o acompanhamento inspetivo que lhe competia, quer a preparação dos elementos necessários à efetiva divulgação pública dos elementos em causa”.
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