Maria João Carioca: “casos que perturbam o andamento de mercado tornam-nos a vida mais díficil”

A presidente da Euronext diz que "há histórias difíceis de contar " a investidores internacionais. E têm sido várias as que têm abalado o mercado de capitais nacional.

Maria João Carioca, presidente executiva da Euronext Lisbon justifica a falta de atratividade da bolsa portuguesa com “os últimos anos, que foram duros para Portugal em termos de estabilidade“. A presidente da bolsa de Lisboa que assumiu funções este ano diz que “tivemos muitos soluções e muitas histórias difíceis de contar que deixaram marcas em investidores internacionais”.

A gestora falava no Porto no ciclo de conferências Fnac Business Talks sobre o tema “Capitalizar o financiamento empresarial”, promovida pela Católica Porto Business School e tendo como interlocutor Álvaro Nascimento, professor da Universidade Católica e ex-presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos.

Maria João Carioca que nunca mencionou casos concretos adiantou ao ECO, à margem da conferência, que não se iria pronunciar sobre situações específicas, mas questionada sobre se uma das históricas difíceis de contar seria o caso do BES, referiu: “os casos que perturbam o andamento do mercado tornam-nos a vida mais difícil, é verdade”.

"Os casos que perturbam o andamento do mercado tornam-nos a vida mais difícil, é verdade.”

Maria João Carioca

Presidente da Euronext Lisbon

Maria João Carioca disse acreditar que o índice bolsista PSI-20 tem condições para manter o número de empresas que lhe dá o nome, apesar de neste momento contar apenas com 18 empresas, a gestora reconheceu que o “tema gera alguma intranquilidade e tem muita visibilidade”. Ainda assim Maria João Carioca diz que a sua preocupação é no contínuo e “tentar perceber se esta é uma situação que se consiga resolver”.

Apesar de reconhecer que não tem uma lista de empresas para entrar no mercado que a deixe tranquila, a presidente do Euronext mostrou-se confiante de que “há luz ao fundo do túnel” pese embora admita que o ‘pipeline‘ é desproporcionalmente baixo face às congéneres europeias”.

A gestora que foi respondendo às provocações de Álvaro Nascimento adiantou ainda que “a bolsa nunca vai ter com as empresas a relação que a banca tem no dia a dia“, mas frisou que “a banca e o mercado de capitais são coisas que podem e devem complementar-se”.

 

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