Orçamento: Saiba qual é o impacto nas cotadas

  • Rita Atalaia
  • 17 Outubro 2016

O Haitong diz que as retalhistas alimentares serão as mais afetadas pelo Orçamento. As empresas terão de pagar o novo imposto sobre imóveis e podem sofrer uma quebra das vendas de refrigerantes.

O Haitong chegou à conclusão de que haverá apenas um setor realmente afetado pela proposta de Orçamento do Estado para 2017: as retalhistas alimentares. As empresas cotadas em bolsa terão de pagar o novo imposto sobre o património e ainda podem sofrer com uma queda das vendas de bebidas.

“No entanto, não esperamos que nenhuma dessas medidas tenha um impacto significativo nos resultados financeiros”, diz o banco numa nota de research. “Mesmo no caso da Sonae, que ainda detém perto de mil milhões de euros em propriedades de retalho, estimamos que o impacto do novo imposto sobre imóveis seja de dois milhões de euros após impostos, perto de 1% dos resultados de 2017″, explica o Haitong.

O novo imposto, conhecido como adicional ao imposto municipal sobre imóveis, vai incidir sobre o valor patrimonial tributário global que excede 600 mil euros. O imposto é pago apenas sobre o excedente e a taxa é de 0,3%. Já a taxa sobre os produtos açucarados vai aumentar. O que se traduz num um encarecimento de cinco cêntimos de uma lata de refrigerante.

O que pensa a DBRS?

O Haitong relembra que a DBRS vai expressar a sua opinião sobre a proposta de Orçamento na próxima sexta-feira. A agência de notação é a única que mantém Portugal no cesto de compras do Banco Central Europeu, no âmbito do seu programa de compra de dívida pública. O país precisa que pelo menos uma das principais agências atribua um grau de investimento para ser elegível para o programa.

Não esperamos uma redução da notação para ‘nível especulativo’, mas isto tem sido uma fonte de receios entre os investidores”, conclui o banco.

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