Vendas das ‘sex shop’ aumentam na época natalícia

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2016

O Natal é das épocas do ano com maior volume de vendas para as 'sex shop'. Vendas chegam a disparar 20%.

O volume de vendas das sex shop aumenta na época natalícia, sobretudo lingerie, artigos para festas de amigos secretos e produtos eróticos mais caros, o que empresários do setor explicam com a disponibilidade financeira permitida pelo subsídio de Natal. De acordo com empresários consultados pela agência Lusa, que gerem diversas lojas, físicas e online, de venda de produtos sexuais e eróticos, o Natal é das épocas do ano com maior volume de vendas do setor.

“É um dos pontos altos do ano, juntamente com o Dia dos Namorados e as promoções da Black Friday. E depois, ao longo do ano, há as datas privadas, de aniversários, de lua-de-mel e despedidas de solteiro”, disse à Lusa Suzy Lorena, do departamento de marketing da Vibrolândia, que, além de vendas online, detém duas lojas físicas em Sintra.

Miguel Melo, gerente de várias empresas ligadas ao “ramo adulto”, afirmou à Lusa que, desde o final de novembro, as vendas têm subido cerca de 20%. “Pode ser coincidência também, porque lançámos vários protocolos novos este mês. O que é facto é que, desde que começámos a publicitar os eventos do ‘amigo secreto’ e outras coisas, temos tido muitas vendas que usam o código promocional Natal 2016”, destacou.

No mesmo sentido vai o negócio de Rui Brito, responsável por quatro lojas em diversos pontos de Lisboa. “Aumentam um pouco as vendas porque as pessoas têm mais dinheiro. Pessoas que não têm possibilidade para comprar este tipo de produtos durante o resto do ano aproveitam esta época, porque recebem o 13.º mês e têm maior disponibilidade”, disse Rui Brito, corroborando a justificação dada à Lusa pelos restantes empresários.

Quanto aos produtos mais vendidos, os empresários destacam os artigos de lingerie, conjuntos com diversos produtos eróticos e sexuais e prendas baratas para jogos do ‘amigo secreto’, como velas, artigos para massagens, cartas do “Kama Sutra” e artigos comestíveis. Por outro lado, também os artigos mais caros, considerados produtos de luxo, que podem custar centenas de euros, são muito vendidos nesta altura.

Suzy Lorena destaca “os brinquedos que podem ser usados em casal, principalmente os ‘teledildónicos’, vibradores acionados por ‘wifi’ e que permitem interação do casal, mesmo quando vive em continentes diferentes”. Já Miguel Melo salientou que existem segmentos nas lojas para vários preços, mas destacou “uma marca mundialmente conhecida de brinquedos eróticos com ‘design’ de luxo, que tem sido bem aceite por todas as formas de pensar e religiões”, concebida por uma arquiteta portuguesa, “que fazem lembrar os artigos de ‘As 50 sombras de Grey’ [título de um livro e filme]”.

“O que se vende mais é um chicote que é um colar. Como peça decorativa é lindo. Agora, para usar não é muito prático”, salientou. Miguel Melo destacou ainda que, através da empresa ‘erotic.pt’, é parceiro de vários grupos internacionais que realizam “viagens, cruzeiros e outros eventos” tendo como público-alvo “casais liberais, com um lifestyle diferente”.

A passagem de ano desta comunidade internacional vai ser em Miami, nos Estados Unidos da América, num hotel de luxo que está fechado para o grupo e com lotação esgotada. “Temos portugueses, mas a participação portuguesa ainda é mínima” porque, como é em regime de tudo incluído, torna-se mais caro”, mas também “porque a maior parte dos casais portugueses que vivem este estilo de vida ainda não o pode assumir”, por terem medo de serem olhados de lado, explicou.

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