UBS triplica lucros à boleia dos Estados Unidos

Subida das taxas de juro nos EUA e evolução das ações explicam, em parte, o melhor desempenho da unidade nos Estados Unidos que por sua vez ajudaram o banco a registar um lucro superior ao esperado.

O banco suíço UBS anunciou hoje que fechou o exercício de 2016 com lucros líquidos de 3.306 milhões de francos (3.084 milhões de euros), menos 46% comparativamente a 2015. Ainda assim, os resultados do quarto trimestre — os lucros mais do que triplicaram graças à unidade norte-americana — deixam o maior gestor mundial de ativos mais otimista em relação ao ano que aí vem.

“Apesar de a incerteza macroeconómica, as tensões geopolíticas e as divisões políticas continuarem a afetar a confiança dos clientes e os volumes de transações, começamos a observar uma melhoria na confiança dos investidores, sobretudo nos Estados Unidos, o que poderá beneficiar os nossos negócios de gestão de ativos”, disse o banco em comunicado.

A subida das taxas de juro nos Estados Unidos e a evolução das ações ajudam a explicar este melhor desempenho da unidade nos Estados Unidos que por sua vez ajudaram o banco a registar um lucro mais elevado do que o esperado pelos analistas, que apontavam para um lucro de 229 milhões de francos suíço. Já os analistas do HSBC eram ainda mais pessimistas já que apontavam para um lucro de 163 milhões de francos.

Ainda assim a quebra registada face aos 6,2 mil milhões de francos suíços -85,7 mil milhões de euros) registados em 2015 justifica-se pela preferência dos seus clientes multimilionários e milionários em deter dinheiro tendo em conta a descida recorde das taxas de juro.

 

 

Em comunicado o banco explica ainda que “a UBS conseguiu resultados sólidos em 2016, através de uma gestão prudente dos seus recursos e dos riscos”. A UBS, nos últimos três meses do ano, optou por um corte agressivo dos custos, porque tal como os seus rivais europeus tem lutado para aumentar consistentemente as suas receitas, para manter rentabilidade num cenário de mercados mais desafiantes e condições de regulação mais apertadas. Os cortes de 1,5 mil milhões de euros foram conseguidos, por exemplo, com a introdução de novas tecnologias na gestão de ativos.

Os lucros antes de impostos foram de 848 milhões de francos suíços (793,2 milhões de euros) contra 219 milhões um ano antes, um valor que é mais do dobro quando comparado com os 335 milhões de euros esperados pelos analistas sondados pela Bloomberg.

“Vemos uma prontidão e planos de investimento não só potencialmente nos mercados financeiros, mas também nos negócios”, presidente executivo do UBS, Sergio Ermotti, numa entrevista à Bloomberg TV. Mas acrescentou: “É bastante claro que os investidores esperam ações concretas da nova administração norte-americana para depois passar ao modo investimento”, acrescentou.

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