De A a Z, 97 empresas estão contra Trump

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Fevereiro 2017

Da Apple à Zynga, passando pela Google e pela Levi Strauss. Foram 97 as empresas a apresentarem uma declaração de apoio à decisão judicial de suspender a proibição de entrada de muçulmanos dos EUA.

Se o decreto assinado no passado dia 27 teria como principal objetivo a desunião, este não está a ser cumprido. Depois de muitas empresas terem declarado que eram totalmente contra o entrave à entrada de cidadãos oriundos de sete países árabes, 97 decidiram juntar-se para apresentarem uma declaração amicus curiae em apoio ao processo instaurado pelos estados do Minnesota e Washington.

Da lista fazem parte não só tecnológicas, como a Facebook, a Google, a Snap Inc. e a Netflix, mas também empresas de bens de consumo como a Levi Strauss. Na declaração pode ler-se que a decisão vai contra os valores fundadores dos Estados Unidos da América. São também sublinhados os feitos dos diversos imigrantes ao longo dos anos, afirmando que sem eles, os EUA seriam um país bem mais pobre e menos produtivo e inovador.

Imigrantes, ou os seus filhos, fundaram mais de 200 empresas da lista Fortune 500, incluindo a Apple, a Kraft, a Ford, a General Eletric, a AT&T, a Google, a McDonald’s, a Boeing e a Disney. Coletivamente, estas empresas geram receitas anuais de 4,2 biliões de dólares e empregam milhões de americanos.

Declaração Amicus Curiae

De acordo com uma fonte próxima do processo, esta declaração de apoio era para ser entregue no final desta semana, mas tendo em conta a velocidade com que o assunto está a avançar foram feitos todos os esforços para acelerar o processo. Esta foi entregue a noite passada.

Ausentes da lista estão empresas como a Amazon, a HP, a Oracle e a Yahoo. Ainda assim, a decisão de sexta-feira que bloqueia a ordem executiva foi apoiada pela Amazon e pela Microsoft.

A administração Trump apresentou um recurso para que o bloqueio fosse imediatamente levantado, mas este foi rapidamente rejeitado em Tribunal. Durante o fim de semana, as condenações à forma como este processo tem sido tratado a nível judicial não pararam de sair da conta privada de Twitter do presidente, com este a questionar a credibilidade dos juízes e a afirmar que estão a “tornar o trabalho muito difícil.”

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