Ano de recordes nos aeroportos acelera solução do Montijo
Ao todo, passaram 44.477 milhões de passageiros pelos aeroportos nacionais no ano passado, um aumento de 14,2% face a 2015. Só em Lisboa, foram 22,4 milhões de passageiros.
Os aeroportos portugueses movimentaram mais de 44 milhões de passageiros ao longo do ano passado, dos quais metade apenas no aeroporto de Lisboa. Em ano de recordes de turismo, este é também o maior crescimento de sempre nos aeroportos portugueses. Para fazer face a estes números e apoiar o crescimento de tráfego, o Governo e a ANA — a empresa que gere os aeroportos portugueses — assinaram, esta quarta-feira, um memorando de entendimento para acelerar a solução do Montijo como extensão da Portela.
Ao todo, passaram 44.477 milhões de passageiros pelos aeroportos nacionais no ano passado, um aumento de 14,2% face a 2015. Só em Lisboa, foram 22,4 milhões de passageiros, mais 11,7% do que em 2015. Todos os aeroportos viram o tráfego de passageiros subir, tendo sido em Faro que se registou o maior crescimento, de 18,5%, para um total de 7,6 milhões de passageiros.
A justificar o crescimento, aponta a ANA em comunicado enviado às redações, estão fatores como as campanhas externas, que permitiram a “atração de novas companhias aéreas, novas rotas e chegar a mais destinos”. A ANA refere ainda que investiu 69,2 milhões de euros na melhoria das infraestruturas aeroportuárias nacionais e que, este ano, o investimento vai chegar aos 71,1 milhões de euros.
Feitas as contas, desde que a ANA foi privatizada e a sua concessão entregue à Vinci, em 2013, o aeroporto de Lisboa cresceu em 7,2 milhões de passageiros. Um número que já justifica acelerar o processo de expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa.
“De acordo com o contrato de concessão, a ANA sugeriu uma alternativa para desenvolver a capacidade do aeroporto de Lisboa. O processo de pedido e atribuição de slots em Lisboa aponta para a continuação de forte crescimento em 2017, confirmando a urgência no desenvolvimento de medidas para expandir esta capacidade aeroportuária”, detalha a ANA.
“Consequentemente, foi hoje assinado o memorando de entendimento entre o Governo e a ANA que estabelece uma solução integrada que inclui um novo Plano Diretor para o aeroporto Humberto Delgado poder atingir a sua capacidade máxima e permitir a sua competitividade enquanto hub internacional e a utilização para voos civis da Base Aérea do Montijo como capacidade complementar”.
Este acordo implica que o Montijo continue a ser utilizado como base militar, tendo ainda de ser feita a análise dos impactos ambientais e a verificação das acessibilidades à base aérea.
“Vários estudos já foram realizados e todos eles, incluindo os estudos técnicos encomendados pela ANA ou NAV, concluíram pelas vantagens do Montijo em relação às opções alternativas. Um grupo de trabalho estabelecido pelo Governo concluiu também a favor da validade e capacidade desta solução em termos de navegação aérea civil”, salienta o comunicado.
Juntos, o Aeroporto Humberto Delgado e o aeroporto complementar no Montijo vão permitir movimentar 72 aviões por hora e transportar 50 milhões de passageiros por ano, duplicando a capacidade atual de transporte aéreo da região de Lisboa.
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