Que nota dava Santana a Marcelo? 14,5 valores. Ou 15. Ou quase muito bom
Pedro Santana Lopes elogia a relação do Presidente da República com o Governo, mas defende que Marcelo "tem tido pouco cuidado no relacionamento com a oposição."
Numa avaliação de zero a 20, Pedro Santana Lopes dava 14,5 valores ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz, em entrevista ao DN. E depois corrige rapidamente: “Entre o bom pequeno e o bom grande, mas acho que é mais bom grande. É 15, na prática. Eu só não digo que é muito bom por esse excesso e pelo equilíbrio com a oposição.” O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa elogia Marcelo Rebelo de Sousa mas identifica-lhe alguns “exageros” e falta de “equilíbrio”.
Numa entrevista publicada este domingo, Santana Lopes nota que Marcelo “às vezes gosta de fazer de primeiro-ministro” e frisa que da mesma forma que elogia a relação do Presidente com o Governo, defende que “tem tido pouco cuidado no relacionamento com a oposição”. Há “algum esquecimento do Presidente no relacionamento que deve ter com a oposição”, explica, argumentando que aí o Presidente “tem de procurar algum equilíbrio.”
"[António Costa] tem um encanto para a esquerda, à esquerda dele. (…) E a esquerda, à esquerda de Costa, sente-se confortável com ele, gosta dele.”
Já sobre o primeiro-ministro, Santana Lopes nota como a relação que António Costa estabeleceu com a esquerda parece ser “natural”. O chefe do Governo “tem um encanto para a esquerda, à esquerda dele”, diz Santana. “E a esquerda, à esquerda de Costa, sente-se confortável com ele, gosta dele.” Daí que, tanto quanto seja possível prever, ressalva, o provedor da Santa Casa não antevê dificuldades no relacionamento entre o Executivo, o PCP e o BE.
Já se Portugal entrar em dificuldades, Santana defende a ida a eleições, ao contrário do que sugeriu o líder da bancada parlamentar, Luís Montenegro, que levantou a hipótese de ser dada oportunidade a Pedro Passos Coelho de procurar formar governo.
Sobre Passos Coelho, Santana Lopes diz que o líder do PSD enfrenta “uma liderança difícil”, mas está convencido que o facto de aparecer ainda como ex-primeiro-ministro e não como líder da oposição é uma opção de Passos.
"O sistema de supervisão tem funcionado pessimamente e onde ele tem estado é no Banco de Portugal.”
E sobre o modelo de supervisão bancária, que tem suscitado sérias críticas e que está a ser reavaliado pelo Governo — tendo sido apresentada uma proposta para retirar a supervisão macroprudencial das mãos do governador Carlos Costa, bem como os poderes de resolução bancária — Santana Lopes concorda que é preciso mudar alguma coisa. “O sistema de supervisão tem funcionado pessimamente e onde ele tem estado é no Banco de Portugal”, frisa. E diz que a proposta do Executivo “é útil”, para “debater”, sublinhando que seria importante “haver um consenso maior, efetivo, real” entre os vários partidos.
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