OPEP prolonga corte, mas a produção volta a acelerar

O cartel acordou manter o corte na produção, mas os números revelam o contrário. A produção de petróleo acelerou para o nível mais elevado em seis meses.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegaram a acordo para manterem o corte na oferta da matéria-prima, procurando assim puxar pelos preços nos mercados internacionais. O acordo pouco impacto teve no mercado. E agora percebe-se porquê: é que os países que pertencem ao cartel comprometeram-se, mas não estão a cumprir. A produção está a acelerar.

A produção de petróleo registou um aumento de 336,1 mil barris por dia em maio, mês em que tanto a Líbia como a Nigéria voltaram à produção após os ataques terroristas e a crise política, revela o relatório da OPEP, citado pela Bloomberg. Estes dois países estão de fora do compromisso de cortar a produção devido a problemas nas respetivas indústrias petrolíferas.

Este aumento vem contrariar o objetivo do cartel que pretende manter a oferta baixa para estimular as cotações do petróleo que estão abaixo do patamar dos 50 dólares. No mercado, os dados da OPEP estão a ser mal recebidos, com o West Texas Intermediate, negociado nos EUA, a cair 0,28% para 45,95 dólares. O Brent recua 0,04% para 48,27 dólares.

Apesar da maior produção, a OPEP continua a prever que o excesso de petróleo no mercado irá continuar a encolher na segunda metade deste ano à medida que os cortes de produção anunciados se fazem sentir e a procura pela matéria-prima continua a aumentar a nível mundial.

“O reequilíbrio do mercado está a acontecer”, diz a OPEP. “A quebra nos inventários” dos países desenvolvidos “deverá continuar na segunda metade do ano, suportada por ajustamentos na produção por parte dos países da OPEP e de outros fora da OPEP”, refere o mesmo documento.

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