Europa: Rendas de comércio de rua crescem mais em Lisboa

  • Lusa
  • 16 Agosto 2017

Apesar de liderar o ranking de crescimento, a cidade de Lisboa regista “o quarto valor mais baixo de rendas de comércio de rua entre as 22 capitais europeias analisadas”.

A zona do Chiado, em Lisboa, registou o maior crescimento de rendas de comércio de rua na Europa durante o segundo trimestre deste ano, seguindo-se Budapeste, Roma e Milão, segundo dados da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, hoje divulgados.

De acordo com o estudo DNA of Real Estate, publicado pela Cushman & Wakefield, as unidades de comércio de rua no Chiado verificaram, no segundo trimestre deste ano, “uma renda ‘prime’ de 115 euros, valor que representa uma evolução de 9,5% face a março de 2017 e de 15% relativamente a igual período do ano passado”.

“Em média, as rendas de comércio de rua na Europa subiram apenas 0,2%, com Lisboa a encabeçar o ‘ranking’ de crescimento seguido pelas cidades de Budapeste (na mais famosa rua pedonal do país, Vaci Utca), Roma (Via Condoti) e Milão (Via Napoleone)”, revelou a consultora imobiliária.

Apesar de liderar o ‘ranking’ de crescimento, a cidade de Lisboa regista “o quarto valor mais baixo de rendas de comércio de rua entre as 22 capitais europeias analisadas” e “o novo valor mais baixo das 45 cidades abrangidas pelo estudo”, com uma renda anual de 1.380 euros por metro quadrado.

“Apenas as capitais Sófia (Bulgária, 552 euros por metro quadrado), Bucareste (Roménia, 564 euros por metro quadrado) e Varsóvia (Polónia, 1.020 euros por metro quadrado) têm valores de renda de comércio de rua inferiores aos de Lisboa”, apurou o estudo, indicando que esse facto está associado ao crescente fluxo de turismo e ao imenso interesse que o mercado português capta junto de retalhistas internacionais e que “sustenta o crescimento de rendas que se tem vindo a registar”.

Segundo a Cushman & Wakefield, a implementação do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), em 2014, potenciou a valorização das rendas no comércio de rua em Lisboa, uma vez que veio “permitir a libertação de espaço nas ruas portuguesas e contribuir em larga escala para um forte movimento de reabilitação urbana”.

Além do novo quadro legislativo, a recuperação económica – com o subsequente aumento do consumo – e o crescimento do turismo permitiram reforçar a atratividade do comércio de rua de Lisboa, advogou a consultora imobiliária.

“Hoje as ruas de Lisboa, e em particular no Chiado, são responsáveis por uma parcela muito significativa do volume de procura de retalho registado na cidade”, concluiu o estudo ‘DNA of Real Estate’, avançando que ao longo do primeiro semestre deste ano foram identificadas mais de 100 novas operações nas ruas lisboetas, das quais mais de 20% na zona do Chiado.

A Cushman & Wakefield é uma consultora internacional em serviços imobiliários, que dispõe de 43.000 colaboradores em mais de 60 países, com uma faturação de cinco mil milhões de dólares através de serviços de agência, representação de inquilinos, vendas e aquisições, gestão de imóveis, gestão de projetos, consultoria e avaliações.

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