Um astrolábio, uma cidade aberta e uma ponte para o mundo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Novembro 2017

Costa falou do orgulho que sente no trabalho, dinâmica, vibração do ecossistema das startups portuguesas. Já Medina deu aos visitantes uma lição de história sobre a essência portuguesa.

A sessão de abertura da segunda edição do Web Summit em Lisboa contou com casa cheia. E confettis.Web Summit 6 Novembro, 2017

António Costa entrou no Web Summit como quem entrava na festa privada de Paddy Cosgrave. “Tens muitos amigos aqui, Paddy”, comentou o governante após ter chamado pelas várias nacionalidades na audiência.

O cenário de festa foi constante durante toda a sessão de abertura, não tendo sido quebrado com a intervenção do primeiro-ministro. Sublinhando as características que fizeram de Portugal um ponto de paragem no mapa do empreendedorismo e que puseram “Lisboa no coração da inovação”, Costa falou em inglês, mas rapidamente mudou para o português. “É um orgulho como primeiro-ministro o trabalho, a dinâmica, a vibração do ecossistema das startups portuguesas”, afirmou, na língua lusa.

O primeiro-ministro apelou a todos os presentes para aproveitarem os quatro dias de evento para “aprender”. “Aprendemos sempre com os outros e é com os outros que estamos a construir um país melhor, num mundo que queremos cada vez melhor”, sublinhou.

O orgulho de contar com uma cidade aberta que, tal como no passado, serve de ponte para todo o mundo, foi reiterado pelo primeiro-ministro ao longo do discurso, o que o levou a renovar o convite feito anteriormente. “Voltem como turistas, como empreendedores, como investidores ou simplesmente como amigos.”

Um astrolábio para Paddy

Fernando Medina sublinhou o cumprimento aos visitantes: mais de 60.000. “Sejam bem-vindos a Lisboa. Espero que possam conhecer melhor a cidade, amar a cidade”, disse.

Sobre a continuidade do evento em Lisboa, acrescentou: “Paddy disse que a parceria com Lisboa é um bom casamento para continuar. E concordo. Porque tudo no Web Summit é futuro: é tecnologia. No ano passado oferecemos a chave da cidade. Este ano oferecemos um astrolábio: Lisboa foi a capital do mundo. De Lisboa partiram novas ideias, novas empresas. Hoje, daqui, estamos a renovar essa aventura. Antes, foram os navegadores. Hoje são vocês: empreendedores, engenheiros, startups, todas as empresas”, sublinhou.

"Este ano oferecemos um astrolábio: Lisboa foi a capital do mundo. De Lisboa partiram novas ideias, novas empresas. Hoje, daqui, estamos a renovar essa aventura. Antes, foram os navegadores. Hoje são vocês: empreendedores, engenheiros, startups, todas as empresas.”

Fernando Medina

Presidente da Câmara de Lisboa

O astrolábio, acrescentou, tem ainda um segundo significado: a inovação que Lisboa testemunhou foi porque era uma cidade aberta. Mantenhamos as nossas cidades abertas: liberdade, tolerância, capacidade para entender o desenvolvimento de Lisboa. Bem-vindos a Lisboa, bem-vindos à vossa casa.

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