CGTP quer Autoeuropa a produzir carros elétricos
Arménio Carlos já apresentou uma proposta ao Governo para que este crie as condições necessárias para que a Autoeuropa passe a produzir os carros elétricos da Volkswagen.
A CGTP quer aproveitar o acordo entre o Governo alemão e a Volkswagen para que a Autoeuropa passe a produzir carros elétricos. Num artigo de opinião, publicado esta terça-feira no Público, Arménio Carlos defende que o Governo português deve acompanhar a iniciativa e criar condições para que a fábrica de Palmela esteja incluída na nova fase da empresa alemã. Esta semana retomaram as negociações entre trabalhadores e administração sobre os novos horários.
“No momento em que a VW já chegou a um acordo com o Governo alemão relativamente à substituição de uma parte da produção dos carros com motor a combustão por viaturas com motor elétrico, assim como às condições de condicionamento da circulação dos primeiros e apoios à comercialização dos segundos, é altura de o Governo português assegurar as condições necessárias junto da multinacional para que a Autoeuropa seja parte integrante desta nova fase da estratégia produtiva da VW”, escreve o líder sindical num artigo intitulado “Respeitem os trabalhadores da Autoeuropa”.
Para a CGTP o atual momento — em que a administração e a comissão de trabalhadores está a discutir os horários impostos pela empresa, depois do falhanço de dois pré-acordos — é o “momento certo” para olhar para o futuro e iniciar a discussão sobre a estratégia de médio e longo prazo para a Autoeuropa.
“Por mais que os profetas da desgraça se esforcem em tornar realidade os seus desejos, não é isso que se perspetiva para a Autoeuropa”, afirma Arménio Carlos, recusando um cenário em que a VW fecha a fábrica de Palmela por causa dos desentendimentos atuais. A CGTP argumenta que “o dinheiro nunca foi um problema de fundo” para a empresa alemã, exemplificando com a multa que teve de pagar por causa do ‘Dieselgate’.
O líder sindical ataca os críticos da greve realizada por causa do atual conflito entre os trabalhadores e a administração. “É interessante que ainda recentemente os mesmos que invocaram o prejuízo resultante da greve para a empresa (então e as greves não têm essa função para forçar as entidades patronais a responder às reivindicações dos trabalhadores?) agora primaram pelo silêncio com a paragem da produção devido à falta de componentes, cujo início teve lugar na passada sexta-feira e se vai prolongar entre os dias 26 e 29 de dezembro“, critica Arménio Carlos.
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