Austrália legaliza exportação de canábis medicinal. Mercado poderá valer 63,5 mil milhões
Após a legalização do uso de canábis para fins medicinais, a Austrália decide autorizar a sua exportação. O objetivo é tornar-se líder mundial no fornecimento, ao mesmo tempo que se ajudam produtores.
O continente australiano anunciou esta quinta-feira que vai autorizar a exportação de canábis para fins terapêuticos. A ideia passa por aumentar as oportunidades de negócios dos mais de dez produtores e tornar-se no líder mundial de produção da planta.
Em 2016, o Governo australiano autorizou o uso de canábis para fins medicinais, no entanto, o uso recreativo é ainda proibido. Um ano e pouco depois, Camberra decide dar mais um passo nesse campo e autoriza a exportação de medicamentos feitos à base desta planta, desde que para fins terapêuticos. Junta-se, assim, ao Canadá, Israel, Holanda e ao Uruguai — também produtores de canábis, contribuindo para o crescimento desse mercado mundial, que os analistas estimam que venha a valer 63,5 mil milhões de dólares (52,8 mil milhões de euros) em 2024.
A autorização para a primeira exploração agrária começar a produzir canábis medicinal chegou em março de 2017, acabando por ser acompanhada por outras que foram adquirindo licenças. E foi a pensar nesses mais de dez produtores registados oficialmente que Camberra deu este passo, acreditando nas suas capacidades de crescimento e expansão.
“A existência de um mercado australiano e de um mercado internacional vai melhorar a longevidade desta atividade na Austrália“, adiantou o Ministro da Saúde, Greg Hung. O país pretende ainda tornar-se “o fornecedor número 1 de canábis medicinal do mundo” mas, para obter essa licença de exportação, uma das condições terá de ser definir como prioridade o mercado doméstico.
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