Como é que a Grécia espera melhorar a economia? Vai plantar canábis

Há 1,5 mil milhões de euros disponíveis para financiar estufas de plantação de canábis para fins medicinais. Governo de Alex Tsipras pretende votar a legalização da planta para fins medicinais.

Embrulhados numa crise que já dura há sete anos, os gregos parecem ter visto uma luz ao fundo do túnel. É na plantação de canábis que a Grécia deposita as suas esperanças para conseguir dar um forte impulso à economia. Há 1,5 mil milhões de euros disponíveis para financiar a plantação de canábis medicinal.

Foi pelo seu clima quente e ensolarado que a Grécia foi escolhida para este tipo de cultivo. Há 1,74 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) disponíveis para financiar a construção de estufas de cultivo de canábis durante os próximos anos, segundo adiantou o ministro da Agricultura grego, Evangelos Apostolou, à Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

De acordo com dados fornecidos pela equipa de investidores, um total de 12 a 15 estufas de plantação de canábis pode criar pelo menos 400 postos de trabalho. Prevê-se, ainda, que o mercado de canábis medicinal valha 200 mil milhões de euros nos próximos dez anos.

Até ao momento, a Grécia apenas admite a legalização da canábis para fins medicinais, uma lei que muitos órgãos do Governo pretendem alterar. O Governo de Alexis Tsipras pretende votar a legalização da canábis medicinal até ao final deste ano, de modo a haver tempo suficiente para a plantação e, assim, para que as primeiras colheitas possam ser feitas já no verão de 2018.

O primeiro-ministro conta com esse investimento de 1,5 mil milhões de euros para conseguir estimular a recuperação económica do país e, desta forma, permitir que a Grécia saia de um terceiro programa de resgate. Segundo as previsões, estima-se que com a plantação de canábis artificial (onde se recorrem a luzes artificiais como as de vapores de sódio e as multivapores) a economia grega cresça 2% este ano, aumentando para 2,5% em 2018.

“Milhares de gregos com membros da família a sofrerem doenças graves como cancro ou Parkinson poderão obter droga produzida no país, debaixo das regras da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse o ministro da Agricultura.

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