CGD atira comissões aos jovens. Dá bónus nos créditos

  • ECO
  • 12 Janeiro 2018

Os clientes jovens vão passar a pagar a comissão de manutenção de conta a partir de maio. Dois meses depois, no crédito, passa a haver isenção por amortização antecipada para quem pedir um novo.

Se tem entre 26 e 29 anos e é cliente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai deixar de estar isento da cobrança de comissão de manutenção de conta. Esta é uma das alterações previstas pelo banco liderado por Paulo Macedo e que vão entrar em vigor a partir de maio. Mas há mais: a partir desse mês, quem fizer levantamentos ao balcão com a caderneta vai passar a pagar um euro. O crédito à habitação e ao consumo também vai assistir a algumas mudanças, mas neste caso para beneficiar os clientes. A CGD vai passar a isentar o pagamento da comissão de reembolso antecipado a quem solicitar um novo financiamento.

Os clientes jovens da CGD estiveram até agora isentos “da comissão de manutenção as contas cujos titulares possuam o cartão Megacartão Jovem (a idade limite de acesso a este cartão é de 29 anos)”. Uma isenção que termina a 1 de maio, de acordo com o novo preçário publicado no site do banco estatal, escreve o Jornal de Negócios (acesso pago). Ou seja, as contas cujos titulares possuam o Megacartão Jovem passam a pagar uma comissão de manutenção mensal de 4,95 euros, mais imposto do selo de 4%. Os encargos totalizam, assim, 5,148 euros.

Para além de perderem esta isenção, os clientes do banco liderado por Paulo Macedo com idades compreendidas entre os 26 e 29 anos vão ainda assistir a um aumento da anuidade do cartão de débito de 17%. Passa de 12,48 euros para 14,56 euros.

Levantar dinheiro com caderneta ao balcão? Vai custar um euro

A utilização da caderneta para operações ao balcão da CGD também vai sofrer alterações, de acordo com o novo preçário do banco estatal citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago). A partir de maio, quem fizer levantamentos ao balcão com a caderneta vai passar a pagar um euro.

Mas há exceções: segundo a CGD, esta comissão não ser aplicada no caso de a máquina da rede Caixa não existir ou se estiver avariada, se houver “manifesta incapacidade do cliente para a atualização de dispositivos automáticos”, se o levantamento for feito numa conta com crédito de pensão de valor inferior a 1,5 vezes o salário mínimo nacional e que o primeiro titular tenha uma idade igual ou superior a 65 anos e, por fim, se os levantamentos sejam em conta base caderneta (até três movimentos por mês) ou em conta de serviços mínimos bancários com suporte em caderneta.

CGD incentiva clientes a trocar de casa

As alterações não se ficam por aqui. Há ainda uma outra: a partir de julho, a CGD vai passar a isentar o pagamento da comissão de reembolso antecipado do crédito à habitação a quem solicitar um novo empréstimo para a compra de casa nos três meses seguintes. O mesmo acontece no crédito ao consumo, refere o Jornal de Negócios (acesso pago).

Portanto, os clientes que queriam fazer o reembolso antecipado de todo o valor em dívida têm que fazer face ao pagamento de uma comissão. Esta taxa é de 2% no caso dos empréstimos a taxa fixa e de 0,5% no financiamento a taxa variável. A este valor acresce o imposto do selo de 4%. Daqui a seis meses, esta despesa vai deixar de ser cobrada para os clientes que peçam novos créditos, desde que de valor igual ou superior ao liquidado.

“É dispensada a cobrança de comissão aos clientes que já tenham proposto novo crédito imobiliário de valor igual ou superior ao montante em dívida do empréstimo a liquidar, desde que o mesmo se encontre autorizado e seja contratado nos três meses subsequentes”, refere a CGD na alteração do preçário.

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